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Trabalhadores garantem a revolução socialista cubana

9 de maio de 2014

Uma delegação da Intersindical – Central da Classe Trabalhadora participou do Curso de Atualização Política para a Ação Sindical da Federação Sindical Mundial (FSM), realizado em Havana/ Cuba, de 21/04 a 02/05 de 2014, do Dia Internacional dos Trabalhadores e do Encontro Sindical de Nossa América (ESNA).

Segundo Ricardo Saraiva Big, Secretário de Relações Internacionais da Intersindical e Presidente do Sindicato dos Bancários de Santos e Região, Cuba é um país de 11.4 milhões de pessoas onde os trabalhadores garantem a Revolução Socialista há 55 anos.

“Seu povo sofrido pelo embargo econômico internacional (comércio fechado para Cuba) capitaneado pelos EUA, a cada dia supera-se e está vivendo melhor e exportando para o mundo solidariedade em forma de médicos para atender as populações mais carentes em diversos países. São aproximadamente 100.000 médicos espalhados pelo mundo numa verdadeira campanha solidária revolucionária, brigadas para socorrer povos atingidos por furacões, ciclones, terremotos, tsunamis e outras catástrofes. Também mantém universidade de medicina com alojamentos e refeições gratuitas para alunos sem condições econômicas (em sua maioria da periferia) de outros países”, explica Big.

A diversidade cultural, a excelência em política sindical/econômica internacional, a supremacia dos trabalhadores na administração de Cuba atraíram os dirigentes do Sindicato dos Bancários e da Intersindical a realizar o curso, onde participaram sindicalistas de 14 países latinos e caribenhos.

De acordo com Big, a formação sindical em Cuba amadureceu muito os dirigentes da Intersindical.

“Eles compreenderam a necessidade da formação política para dar um salto de qualidade na defesa dos direitos dos trabalhadores. A importância da unidade e da disciplina. Viram que o povo cubano tem progredido, apesar dos ataques do capitalismo, dando prioridade aos direitos à alimentação, saúde, habitação, cultura e transporte. Com muito pouco eles são capazes de reconstruir imensas áreas afetadas por furacões, o planejamento é genial”, ressalta.

O Curso

“O curso abrange vários assuntos, é muito amplo. Nele vivenciamos uma mudança na política, se não nos prepararmos vamos perder para o capital. Para crescer politicamente e ser um dirigente sindical temos que ter formação”, diz Reinaldo Martins, dirigente do Sindicato dos Bancários de Santos e Região e funcionário do HSBC. Sérgio Cabeça, empregado da Caixa e diretor do Sindicato, também concorda dizendo que a quantidade de informações é imensa.

“O curso é de nível superior, tivemos uma dimensão geopolítica do mundo. Percebemos que infelizmente temos no Brasil muitos sindicatos cartoriais pelegos, apenas para embolsar imposto, que não defendem os trabalhadores. Aprendemos muito”, afirma Luciano Quartieri, bancário do Itaú e Secretário Adjunto de Finanças do Sindicato dos Bancários de Santos e Região.

“Os cubanos estão preparados para formar outros trabalhadores. Nos surpreendeu um curso com tanto conteúdo. Tudo que compartilhamos sobre as dificuldades que enfrentamos na América Latina, assim como suas soluções precisamos colocar em prática. Se você quer seguir em frente e desenvolver a solidariedade e os direitos dos trabalhadores no mundo tem que ter a experiência cubana”, alerta Álvaro Araújo, assessor político do Sindicato.

Big é homenageado

No fim do curso, após uma votação entre os 95 alunos de 14 nacionalidades que participaram do Curso, sobre quem se destacou por sua liderança, perseverança, solidariedade e defesa dos interesses da classe trabalhadora, a delegação da Intersindical teve a grata surpresa de ter o companheiro Big homenageado com uma flâmula de melhor aluno, entregue por Ulisses Guilarte de Nascimento, Secretário Geral da Central de Trabalhadores de Cuba – CTC. O Secretário ainda discursou que: “não se mede o homem por sua estatura, mas por suas atitudes, ideias, liderança e capacidade de aglutinação dos trabalhadores”.

O movimento sindical é protagonista no governo

Os trabalhadores e o movimento sindical cubano são protagonistas no governo. No país, existe apenas uma Central de Trabalhadores, que defende o país e os interesses de todos.

Para entender a importância do movimento sindical podemos citar que, no palanque da comemoração, a figura mais ilustre e o único a discursar foi Ulisses Guilarte da CTC. Ao lado estavam o Presidente de Cuba Raúl Castro Ruz, o Primeiro Secretário do Comitê Central do Partido e Ministros.

A comemoração é uma das mais relevantes para a população, Raul Castro convocou os cubanos a fazer tremer a terra na marcha. Num desfile popular de condenação à ingerência norte-americana e de apoio à Revolução Bolivariana chavista (Venezuela) e a seu presidente constitucional, Nicolás Maduro.

1º de Maio

O Dia dos Trabalhadores em Cuba é comemorado em todas as 13 províncias com numerosas marchas.

A delegação da Intersindical participou do 1º de Maio em Havana, na Praça da Revolução José Martí, juntamente com outras delegações internacionais, que ficaram na tribuna de honra com as autoridades cubanas. A comemoração reuniu cerca de 1,5 milhão de trabalhadores, estudantes, donas de casa, combatentes, camponeses, artistas e jovens organizados pelos 17 sindicatos e a CTC, que marcharam por duas horas para celebrar o Dia Internacional dos Trabalhadores.

“A experiência é única! O 1º de Maio é muito significante. Muitos brasileiros estavam lá. A união é total entre o povo e os trabalhadores”, finaliza Walmir Gomes, bancário do Itaú e dirigente do Sindicato.

Comitê de Defesa da Revolução – CDR

Dois fatores são essenciais para a manutenção da Revolução Socialista, o primeiro é o apoio irrestrito à Revolução e o outro são milhares de Comitês de Defesa da Revolução (CDRs), que são organizados por quadras nos bairros com contribuições financeiras de todos, para cuidar da segurança, da saúde e educação, principalmente de anciões e crianças. Estes CDRs estão preparados para defender o território nacional e a Revolução contra ataques dos EUA e seus aliados. “Um exemplo disso é que embora tenham realizado diversas tentativas de atentados contra o povo cubano e Fidel Castro, como no caso da Baia dos Porcos, a Revolução continua viva”, finaliza Big.

Contatos importantes realizados pela Intersindical

A delegação da Intersindical manteve dois diálogos com o Secretário Geral da FSM para estreitar relações. Uma das reuniões foi com os Bancários de Santos e Região e a outra, mais restrita com os Secretários Geral e de Relações Internacionais da Intersindical, respectivamente, Edson Carneiro Índio e Big.

“Também conversamos com lideranças da FSM da Grécia e com a Unidade Sindical dos Trabalhadores do Brasil (UST), para reforçar a intensão da Intersindical de um maior diálogo entre as organizações. Entre outros contatos”, finaliza Big.

Crédito: 1º de Maio em Havana reúne milhões de pessoas / foto: Cubadebate
Fonte: Imprensa SEEB Santos e Região

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