A minuta de reivindicações foi aprovada durante o Encontro Nacional dos Funcionários, que ocorreu no último dia 6, em São Paulo
A Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Santander entregou, dia 20/06, a minuta de reivindicações. A pauta foi aprovada durante o Encontro Nacional dos Funcionários do Santander, que ocorreu no último dia 6, na capital paulista.
A entrega foi o primeiro passo para o início das negociações do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) específico dos trabalhadores do banco – aditivo à Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) da categoria bancária.
“Estivemos, nesta manhã, na sede do banco Santander, em São Paulo, com a vice-presidente de RH, Germanuela de Almeida de Abreu, para entregar a minuta de reivindicações. O documento também foi recebido pela superintendência de RH Sindicais do banco, representada por Marcelo Couto”, ressaltou a coordenadora da Comissão de Organização dos Empregados (COE/Santander), Wanessa Queiroz.
A minuta é composta por três blocos:
1 – cláusulas vigentes do acordo atual, que tem duração até 31 de agosto de 2024;
2 – cláusulas oriundas dos funcionários e funcionárias do banco Banespa;
3 – cláusulas novas, construídas para as negociações de renovação da minuta deste ano.
Pré-acordo para manter garantias
Junto com a minuta, os trabalhadores entregaram ao banco um pré-acordo de garantias, assinado por todas as federações sindicais que compõem a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf), e inclui Feeb-SP/MT e a Afubesp. O termo é importante para garantir a manutenção de todos os direitos e conquistas do acordo vigente, tanto nas cláusulas sociais e econômicas quanto nas sindicais, até que possamos assinar um novo acordo, disseram os sindicalistas.
PPRS
“Os representantes do banco destacaram que a empresa tem a expectativa de realizar uma alteração no acordo vigente, no que diz respeito ao pagamento da PPRS, para que possa ser compensada da PLR, como é praticado por algumas outras instituições. Nós enfatizamos a importância da manutenção dessa conquista aos trabalhadores que construíram e constroem os resultados do banco. Além disso, o banco Santander tem inúmeros incentivos fiscais no pagamento dos seus tributos. Portanto, parte desse valor deveria ser revertido com a distribuição linear para todos os seus trabalhadores no Brasil”, completou a representante da COE.
Isenções
Outra cobrança ao banco é que isente totalmente as tarifas cobradas dos empregados. O Santander é o único banco do país que cobra tarifa de seus funcionários. E deveria, como os demais, isentar as tarifas e reduzir juros cobrados dos funcionários.
Redução de jornada, PcDs e neurodivergentes
Os trabalhadores também pedem, na minuta, a redução de jornada para quatro dias. O documento possui ainda medidas de inclusão de direitos aos pais e funcionários com deficiências (PcDs) e neurodivergentes. Devido a alta demanda sobre esses temas. Houve um aumento de 300% de solicitações de ajudas sociais para custear a co-partipação que é cobrada pelos planos de saúde e isso tem impacto no orçamento dos funcionários, porque há uma necessidade contínua em terapias para a manutenção de tratamentos a esses grupos.
Termos de compromisso: Cabesp e Banesprev
Anexa à minuta, existem dois termos de compromisso, um da Cabesp e outro do Banesprev. Os sindicatos vão lutar para garantir direitos negociados desde a privatização do Banespa. É fundamental que o banco continue com as suas responsabilidades econômica e social com todos os funcionários da ativa e os aposentados. É fundamental a valorização da saúde e previdência de todos os empregados no Brasil.
Mobilização dos colegas bancários é fundamental
“É muito importante a mobilização com participação dos colegas funcionários, para avançar nas negociações. Portanto, fique atento às redes sociais e site do Sindicato e participe virtualmente”, afirma Fabiano Couto, secretário de Comunicação do Sindicato dos Bancários de Santos e Região e bancário do Santander.