Nesta quinta, 19, a mesa de negociação com a Fenaban abordará o tema; categoria sofre com sobrecarga, assédio moral e outros fatores no local de trabalho que levam ao adoecimento
A terceira mesa de negociação entre bancários e a Fenaban (federação dos bancos), nesta quinta, 19, abordará Saúde e Condições de Trabalho. Os bancários sofrem com sobrecarga de trabalho, potencializada com o corte de empregos; cobrança por metas; assédio moral e outros fatores nocivos à saúde presentes em agências e departamentos.
Os bancários estão entre as categorias que mais adoecem. Se antes a maior causa de afastamentos eram lesões por esforço repetitivo, desde 2013 transtornos mentais e comportamentais ultrapassaram as LER/Dort e se mantiveram como as enfermidades com maior incidência. Isso evidência o quanto a política de gestão dos bancos, focada na cobrança de metas, assédio moral, competição e sobrecarga adoece o bancário.
Desde que Temer assumiu a Presidência, a saúde dos trabalhadores, assim como todos os seus direitos, está sob ataque. A reforma trabalhista autorizou que gestantes e lactantes trabalhem em ambientes insalubres e retirou das empresas a responsabilidade por acidentes no percurso entre casa e trabalho, entre outros prejuízos. Milhares de trabalhadores também tiveram benefícios do INSS cancelados.
O movimento sindical vai cobrar que sejam mantidas cláusulas da CCT que protegem a saúde do bancário e combatem o assédio, além de avançar em questões como, por exemplo, a reabilitação no retorno ao trabalho, que não pode manter as mesmas condições que levaram ao adoecimento. Saúde é fundamental. Na consulta à categoria, o tema teve grande destaque dentre as prioridades apontadas. O que, pelo número de bancários adoecidos que procuram os sindicatos todos os dias, não surpreende”.
Segunda mesa
No dia 12 ocorreu a segunda mesa com a Fenaban, na qual foi definido o calendário de negociações. Além de Saúde e Condições de Trabalho (19 de julho), estão agendadas mesas de Emprego (25 de julho) e Cláusulas Econômicas (1º de agosto). A Fenaban não assinou o pré-acordo para garantir a validade da CCT após 31 de agosto. Entretanto, se comprometeu a fazê-lo caso as negociações não avancem.
Fonte: Seeb SP