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Sindicatos reagem contra intransigência do MB em relação as demissões

23 de setembro de 2020

Foi realizada no dia 22 de setembro, nova reunião entre o movimento sindical, com a direção do Mercantil do Brasil, para cobrar o fim processo de reestruturação da empresa, que culminou com o anúncio de fechamento das plataformas de serviços localizadas nas cidades de Salvador, Brasília e Recife e das recentes demissões patrocinadas pelo banco, que já contam com mais de 18 desligamentos de pais e mães de família, somente neste mês

O movimento sindical reivindicou do banco a adesão voluntária à cláusula 62 da CCT dos bancários, que trata da requalificação e a realocação de empregados, com o objetivo de aprimoramento técnico, o qual será aplicado em situações específicas decorrentes de reestruturações organizacionais que envolvam encerramento de atividades e encerramento de locais e mudanças tecnológicas.

 

Cobrado pelo movimento sindical, o banco Mercantil negou o pedido para o cancelamento das demissões e mais uma vez argumentou que o fechamento das plataformas, foi ocasionado pelo baixo retorno financeiro dessas praças e que o foco principal do banco se concentra nas praças em que saiu vitorioso nos leilões de pagamento de aposentados e pensionistas do INSS. O representante do banco afirmou que o processo de estudo de viabilidade e fechamento de unidades de serviços é contínuo e que poderão ocorrer novas demissões pontuais em toda a sua rede de agências. O banco também se negou a aderir voluntariamente à cláusula 62, da CCT, que trata da realocação dos funcionários.

 

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Diante à intransigência do Mercantil do Brasil, o movimento sindical reivindicou a extensão até o dia 31 de dezembro, do acordo conquistado junto ao MPT/ MG, em junho de 2020, aos bancários recém-demitidos, que contemplou os seguintes benefícios aos desligados:

 

– Pagamento de indenização a todos os trabalhadores demitidos a partir, no valor total de R$ 3.500,00. Destes, R$ 2.500,00 representam uma rescisão complementar a ser paga em dinheiro através de depósito em conta corrente. Já os outros R$ 1.000,00 serão pagos no cartão da cesta alimentação.

 

– Majoração da indenização de requalificação profissional prevista na CCT bancários para o valor de R$ 2.000,00. O valor será reembolsado através de apresentação de nota fiscal correspondente ao curso escolhido pelo bancário, com data limite para apresentação no dia 31 de dezembro de 2020.

 

– Ampliação da assistência médica hospitalar e do plano odontológico por mais seis meses, sem prejuízo aos prazos garantidos e determinados pela CCT.

 

– Seguro de vida no valor de R$ 130.000,00.

 

O Mercantil do Brasil ficou de responder as solicitações do movimento sindical ainda essa semana, sinalizando que poderá atender ao pedido de extensão dos benefícios apenas aos trabalhadores de Salvador, Recife e Brasília, que foram diretamente desligados por conta do encerramento dessas plataformas.

 

A luta nacional dos sindicatos tem que ser pela manutenção dos empregos. O Mercantil do Brasil não tem por que demitir, uma vez que continua lucrando alto, em torno de 74 milhões nos seis primeiros meses do ano. Cobramos que o banco tenha responsabilidade social e não demita durante essa crise sanitária sem precedentes.

 

O que o MB fez com estes trabalhadores não tem nenhuma justificativa, principalmente frente ao grande momento financeiro que a empresa atravessa. Por isso o movimento sindical cobra do banco a majoração sobre as indenizações e benefícios, como forma a amenizar o sofrimento dos funcionários demitidos em plena crise sanitária e econômica, que dificultará muito o reposicionamento destas pessoas no mercado de trabalho.

 

Crédito: Fabiano Couto
Fonte: Sindicato dos Bancários de BH e Região – 22/09/2020

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