Sindicalistas reúnem-se com representante do banco para saber sobre o projeto ‘Itaú 2030’
O movimento sindical reuniu-se com a direção do banco, ontem quarta-feira (25). Na pauta, o debate sobre as mudanças no mundo do trabalho que afetam e prejudicam os funcionários e as relações de trabalho implementadas nos últimos anos e que tanto afligem os bancários. O movimento sindical quis saber a posição do Itaú em relação aos impactos das novas tecnologias no emprego dos bancários, diante da concorrência dos bancos tradicionais com as fintechs e plataformas digitais no setor financeiro.
O diretor executivo de recursos humanos do Itaú Unibanco, Sérgio Fajerman, disse que “a concorrência no sistema financeiro traz uma série de desafios para o banco, que gera as mudanças” e prometeu o compromisso de manter o diálogo com os representantes dos funcionários. Acrescentou destacando as mudanças de comportamentos dos clientes e consumidores e deu como exemplo das novas formas de relacionamento das empresas com a clientela, o modelo utilizado pela Magazine Luiza e seu atendimento virtual e alegou que está em fase de experiência no banco três tipos de atendimento: o 100% presencial; a distância e o “híbrido flexível”. Apontou ainda o custo das agências físicas.
“A pressão por metas absurdas sempre foi um problema e, agora, em plena pandemia é desumano, além do medo de perder o emprego estão descontrolando e adoecendo os funcionários”, afirma Élcio Quinta, tesoureiro do Sindicato dos Bancários de Santos e Região e bancário do Itaú.
Retorno ao presencial
A despeito do retorno ao trabalho presencial diante da gravidade da Covid-19, Sérgio garantiu que se dará de forma segura e ainda não há prazo definido para a volta dos funcionários, levando em consideração os protocolos de prevenção, a vacinação e a situação das variantes. Disse que o Itaú está “adotando uma política de retenção e valorização de seus profissionais a fim de evitar migração de bancários para outras empresas e que “a transformação cultural exige mais tolerância ao erro do empregado”.
Na questão da diversidade, o banco citou a importância de maior aceitação de lideranças femininas, negros, PCDs (Pessoa com Deficiência) e LGBTQIA+.
Demissões
O representante do Itaú disse ter preocupação com o emprego e que é necessário atender as necessidades dos investidores, mas também servir a sociedade. “Temos que olhar para a sociedade, o bancário, acionistas e o mercado”, afirma. Sobre o programa Gera, que tem resultado em muitas reclamações dos funcionários, prometeu aprofundar o debate sobre o tema com os sindicatos.
Na prática, o que tem acontecido em demissões em massa. Os sindicalistas cobraram a manutenção dos empregos, pois o banco tem dispensado em plena pandemia.
Importância do diálogo
O Comando Nacional dos Bancários, destacou a importância do encontro para avaliar o que o Itaú pensa sobre o futuro da categoria.
Fonte: Comunicação do SEEB de Santos e Região com informações do SEEB do RJ