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Início Sindicato participa do 8 de março – Dia de luta contra a violência machista, racista e lesbofóbica

Sindicato participa do 8 de março – Dia de luta contra a violência machista, racista e lesbofóbica

9 de março de 2013

A Diretoria do Sindicato dos Bancários de Santos e Região, dos Químicos de Campinas e Osasco, Bancários na Luta, Intersindical, PSOL e diversos movimentos sociais participaram, dia 08 de março, da Marcha Unificada em comemoração ao Dia Internacional das Mulheres que reuniu cerca de três mil pessoas. A Marcha teve início às 14h na Praça da Sé e seguiu até a Praça Ramos de Azevedo, no centro de São Paulo.

Ao final, as militantes feministas se solidarizam com todas as mulheres do mundo que sofrem com as guerras, a pobreza, a violência e os preconceitos produzidos pelo patriarcado e intensificados pelo imperialismo no mundo.
 

Os gritos predominantes de protesto eram por igualdade. O tema deste ano foi o combate às violências machista, racista e lesbofóbica (contra lésbicas). Infelizmente, não são raros os casos de agressão às mulheres todos os dias, e este tema ficou ainda mais em pauta com o caso dos cons tantes estupros contra mulheres na Índia e com a possível reforma do código penal brasileiro que pode enfraquecer a lei Maria da Penha. Enquanto houverem casos de violência contra as mulheres, nós continuaremos indo às ruas.

O Brasil é um país que ainda discrimina brutalmente as trabalhadoras quando não paga salários equivalentes aos dos homens, quando não oferece os mesmos espaços nas direções. Mas sabemos, sobretudo, da violência sofrida no dia a dia pelas mulheres, não apenas no ambiente de trabalho, mas também nas escolas e até nos momentos de lazer. O machismo arraigado na sociedade brasileira coloca todas as mulheres em situação de opressão, mesmo que velada.

Mas esta não é uma luta só delas. É evidente que só as mulheres conhecem a dor e a alegria de ser quem são. Apenas elas conhecem esta realidade. É tarefa de todos e todas, no entanto, trabalhar para a afirmação de seus direitos, assumir como nossa a responsabilidade pelo fim da violência física e simbólica. A violência contra a mulher, em todas as suas dimensões, é o machismo posto em prática. É a agressão física e moral, e também a retirada ou inexistência de direitos sociais, que podem ser ainda mais agravados com a aprovação do Acordo Coletivo Especial (ACE).

O ACE é um anteprojeto de lei elaborado pelo Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, filiado à CUT, sugerido ao Executivo para que ele encaminhe para votação no Congresso Nacional, repetindo uma proposta feita durante o governo FHC. O ACE define que o negociado terá mais valor que o legislado. O objetivo é permitir que possam ser fechados acordos coletivos que flexibilizem direitos garantidos na legislação trabalhista atual, como a CLT (Consolidação das Leis do Trabalho). Um exemplo da sua aplicação é o direito à licença maternidade – de 4 meses garantidos por lei, podendo ser estendido a 6 meses em alguns casos. Hoje este, dentre outros direitos, estão sendo duramente ameaçados pelo ACE, onde o acordado se sobrepõe ao legislado, o que joga por terra todos os direitos sociais conquistados.


É por isso que nos colocamos. Para exaltar o papel da mulher na sociedade brasileira pela sua luta, sua resistência ao machismo. E para dizer que não admitimos nem a violência física, que começamos a enfrentar com a aprovação da Lei Maria da Penha – que, no entanto, ainda sofre para ser implementada, tanto por falta de recursos, como delegacias da mulher, casas-abrigo etc, e por desconhecimento ou má-fé das autoridades –, e nem a imposta pela publicidade, pela indústria cultural e pela restrição à liberdade.

Fonte: Imprensa SEEB Santos e Região com informações PSOL e movimentos sociais

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O SEEB Santos e Região foi fundado em 11/01/1933. As cidades da base são: Peruíbe, Itanhaém, Mongaguá, Praia Grande, São Vicente, Santos, Cubatão, Guarujá e Bertioga. O Sindicato é filiado à Intersindical e a Federação Sindical Mundial (FSM).

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