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Sindicato participa de bloqueio da Torre Santander contra terceirizações

7 de outubro de 2022

Nesta sexta-feira (7), Dia Nacional de Luta Contra a Terceirização no Santander, as diretorias dos Sindicatos dos Bancários de Santos e Região e de São Paulo bloquearam a entrada da Torre Santander, onde fica a presidência do banco, em protesto contra a terceirização dos funcionários

 

Nesta sexta-feira (7), Dia Nacional de Luta Contra Terceirização no Santander, diretores do Sindicato dos Bancários de Santos e Região, do SEEB de São Paulo e funcionários do banco protestaram na Torre Santander, onde trabalham mais de 5.000 funcionários ameaçados pela terceirização. Na Torre, em São Paulo, fica a presidência do banco.

Sindicato participa de bloqueio da Torre Santander contra terceirizações

 

“O objetivo do banco é terceirizar tudo, começaram com a área de tecnologia no fim de 2021. Agora, com mais esses 1.700, já somam cerca de 9.000 terceirizados. Há indícios de que alguns cargos em nossa região também podem estar ameaçados. Estamos ajudando a formar essa barreira aqui em São Paulo, junto com os Bancários na Luta e colegas da capital”, disse Estevam de Souza, secretário Jurídico do Sindicato dos Bancários de Santos e Região e bancário do Santander.

 

A Torre Santander foi bloqueada pelo movimento sindical desde às 6h até às 10h. Em frente ao prédio, os sindicalistas fizeram uma conversa com os funcionários sobre o rebaixamentos salariais, das PLRs e retirada de direitos que a terceirização traz. Além da desarticulação da defesa dos trabalhadores, que serão divididos por sindicatos sem a força nacional que os bancários têm para impor seus interesses. “Enfraquecendo o movimento sindical, os banqueiros impõem o que quiserem”, alerta Fabiano Couto, secretário de Comunicação do Sindicato dos Bancários de Santos e Região.

 

“Vamos continuar lutando pelos direitos da nossa categoria, não vamos tolerar a terceirização de quem trabalha dentro do banco. Participe da assembleia nesta segunda-feira no Sindicato, para dizer não a terceirização”, ressalta Priscila Germano, bancária do Santander e dirigente do Sindicato dos Bancários de Santos e Região.

 

A transferência começou terça-feira (3)

Segunda-feira 3, os cerca de 1,7 mil funcionários da área de manufatura passaram a ser transferidos para outra empresa do grupo Santander, chamada “SX Tools”.

 

Os empregados do setor estão lotados em sua maioria no Radar, e agora estão sendo transferidos para o Conexão, onde vão prestar serviços para “SX Tools”.

 

Assembleia para rejeitar mudanças, segunda-feira (10)

 

Serão realizadas assembleias, em âmbito nacional. Os trabalhadores devem participar e rejeitar todas as mudanças promovidas pelo Santander. A Assembleia Extraordinária Específica dos funcionários, da base territorial do Sindicato dos Bancários de Santos e Região está marcada para dia 10 de outubro, segunda-feira, às 19h, na Av. Washington Luiz, 140, Santos/SP.

 

Desde o fim do ano passado o banco vem transferindo trabalhadores para outras empresas, como STI, SX, Santander Corretora, F1RST, Prospera e, agora, SX Tools. Cada uma vinculada a um sindicato diferente.

 

Com o discurso de modernização e foco no cliente, o Santander está destruindo direitos e a organização dos trabalhadores e aprofundando o processo de terceirização no banco. Desde o fim do ano passado o banco vem transferindo trabalhadores para outras empresas, como STI, SX, Santander Corretora, F1RST, Prospera e, na última segunda-feira (3), cerca de 1,7 mil funcionários da área de manufatura passaram a ser transferidos para outra empresa do grupo Santander, chamada “SX Tools”.

 

Menos direitos

Com a mudança de empresa, os empregados perderão os direitos e conquistas da categoria bancária, uma das mais fortes e organizadas do país, como a PLR e a jornada de seis horas.

 

PLR com regras obscuras

Cada empresa terceirizada distribuirá PLR com regras ainda desconhecidas.

 

O Santander não quer uma PLR negociada com os trabalhadores, igualitária, justa e com regras claras. A intenção do banco é pagar aos empregados o valor que quiser e, com o discurso da meritocracia, privilegiar alguns em detrimento do conjunto dos trabalhadores.

 

Auxílio creche-babá

O valor do auxílio-creche/babá da SX Tools, por exemplo, será de R$ 411 por filho, por até 12 meses. A CCT bancária garante R$ R$ 602,81 por filho, até completar 71 meses.

Fonte: Comunicação do SEEB de Santos e Região com informações do SEEB de São Paulo

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Publicado por: Gustavo Mesquita

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