A entidade foi fundada em 11 de janeiro de 1933
Nesta quinta-feira, 11 de janeiro, o Sindicato dos Bancários de Santos e Região completa 85 anos de fundação com uma história pautada na luta por direitos. Antes mesmo de fundação do Sindicato, em 1933, a organização dos bancários na Baixada Santista já mostrava sua força!
Em 18 de abril de 1932, a imprensa noticia que bancários da sucursal santista do Banco do Estado de São Paulo entram em greve e são seguidos pelos colegas da matriz na capital. A mobilização causou espanto na ocasião, já que na época fazer greve era um recurso utilizado apenas por operários.
Desde então, muitas outras greves e paralisações vieram visando condições dignas de vida e trabalho para a categoria. A combatividade da categoria era tanta que o sindicato sofreu intervenção dos militares poucos dias após o golpe Civil-Militar de 1964, como pode ser conferido na revista “A ‘perigosa’ unidade dos trabalhadores na ‘Moscou Brasileira’”.
Além da intervenção o então presidente do sindicato, Antônio Guarnieri (que dá nome ao complexo esportivo da categoria), foi detido e chegou a ficar preso no tenebroso navio-prisão Raul Soares. Durante a ditadura, a documentação histórica do sindicato foi destruída.
Sempre na Luta
Nas últimas décadas, o Sindicato tem lutado contra privatizações (como a do Banespa), combatendo demissões arbitrárias, aumento da jornada de trabalho, assédio moral e sexual, precarização do local trabalho (falta de refrigeração adequada, por exemplo) entre outros ataques contra a categoria. Também ampliou a rede de comunicação e facilitou para os bancários as possibilidades de fazer denúncias por meio do site, facebook e whatsapp do Sindicato.
No aniversário de 80 anos do Sindicato, o então presidente e hoje secretário-geral da entidade, Ricardo Saraiva Big, já alertava e mobilizava a categoria para os perigos da terceirização e de mudanças na CLT. Ambos retrocessos foram aprovados no ano passado pelo governo ilegítimo de Temer junto com parte do Congresso Nacional.
“Se não houvesse resistência de parte da classe trabalhadora, como a que os bancários fazem, certamente esses retrocessos já estariam valendo há mais tempo e trazendo prejuízos ainda maiores à população. Estaremos sempre na defesa da dignidade dos trabalhadores e trabalhadoras, pois só a luta muda a vida!”.
Primeira mulher a assumir a presidência do Sindicato, em 2016, Eneida Koury reforça que a entidade continuará não se intimidando frente aos ataques dos banqueiros e grandes empresários. “Seguimos na pressão contra a aprovação desta ‘reforma’ da previdência, que usa números falsos para alegar déficit, e contra qualquer pauta que tenha intenção de beneficiar os ricos tirando direitos de quem trabalha! A unidade da categoria junto com o Sindicato é fundamental para continuarmos fazendo história!”.
Crédito: Adriano Trindade
Fonte: Imprensa Seeb Santos e Região