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Sindicalistas debatem emprego, saúde e remuneração com o Itaú

Fabiano Couto

24 de janeiro de 2024

A Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Itaú se reuniu com a direção do banco, nesta quarta-feira (24), em São Paulo. Os principais pontos da pauta foram emprego, saúde e remuneração.

Uma das prioridades do movimento sindical foi definir agenda de reunião mensal para todo o ano.

Emprego

A principal preocupação da comissão é o fechamento de agências e as consequentes demissões que afetaram os funcionários do banco. A comissão enfatizou a importância de preservar os postos de trabalho e garantir a estabilidade dos profissionais.

Os trabalhadores cobram a revisão das metas de agências, pois muitas vezes o aplicativo dá descontos melhores do que os disponíveis no atendimento presencial.

Outra reclamação dos sindicalistas foi sobre a desconexão do IUconecta dos trabalhadores afastados, o que impede o envio dos documentos que precisam ser apresentados nessa fase. O alto número de advertências aplicadas aos trabalhadores e o uso do celular próprio do bancário no trabalho para bater suas metas.

Saúde

Nos assuntos relacionados à saúde, os representantes dos trabalhadores cobraram o prosseguimento das negociações das cláusulas 61 e 87, da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT). A primeira trata da prevenção de conflitos e assédio moral no local de trabalho e dos canais de denúncia. Já segunda, aborda as formas de acompanhamento das metas por parte dos bancos.

“Precisamos criar um programa de prevenção sobre cobrança abusiva de metas como fator de adoecimento, o canal de denúncias de assédio que precisa ser confiável e objetivo (cláusula 61), como o Comando Nacional dos Bancários já vem discutindo com a Fenaban”, explica Élcio Quinta, presidente do Sindicato dos Bancários de Santos e Região e bancário do Itaú. Isso e um programa de retorno e programa de saúde ocupacional do banco, ressalta o sindicalista.

Os trabalhadores cobraram ainda um melhor fluxo de atendimento para o afastamento das pessoas. Reclamações de distorções e atrasos de pagamentos são comuns, pelo funcionário não saber os procedimentos corretos de apresentação dos documentos necessários. A direção do Itaú se comprometeu a melhorar a comunicação, por meio da produção de uma cartilha, para informar os trabalhadores sobre o fluxo do encaminhamento de documentos necessários para o afastamento via INSS.

Outra reclamação apresentada foi sobre as clínicas médicas do Programa de Controle Médico em Saúde Ocupacional (PCMSO) do Itaú. “Há vários casos de pessoas com muitos problemas de saúde que as impossibilitam de trabalhar e que, no ASO (Atestado de Saúde Ocupacional), aparecem como aptas a trabalhar. Recebemos também casos de denúncias de médicos atendentes que deixam o trabalhador na sala para consultar o médico coordenador, para saber como proceder. Precisamos que o banco apure as reclamações que chegam aos sindicatos”, diz a COE.

Diversidade

A COE ainda cobrou uma discussão periódica para avançar nessas questões sobre diversidade. Que já deu início ao debate sobre Diversidade, mas o banco trata com muita parcialidade. “É preciso uma discussão mais concreta e perene”, afirma Guto Filho, dirigente sindical do Sindicato dos Bancários de Santos e Região.

ACT CCV

O banco Itaú apresentou uma proposta de atualização da Comissão de Conciliação Voluntária (CCV), criada em 2002. A CCV é um fórum tripartite que reúne funcionários, representantes do Sindicato e do banco para discutir e tentar resolver pendências trabalhistas antes de recorrer à Justiça. Qualquer trabalhador pode recorrer à CCV, mesmo quem foi desligado sem justa causa ou quem pediu demissão, já que a CCV atua na reivindicação dos direitos que possam ter sido violados durante o contrato de trabalho.


A próxima reunião ficou agendada para o dia 28 de fevereiro. O Grupo de Trabalho (GT) de saúde se reúne no dia 15 de março.

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