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Senado afronta o povo brasileiro e vota fim dos direitos trabalhistas

12 de julho de 2017

Veja abaixo alguns dos ataques aos direitos atuais da classe trabalhadora

Após mais de 12 horas de resistência por parte de trabalhadores e senadoras de oposição, o plenário do Senado sentenciou os trabalhadores brasileiros ao empobrecimento e perda de direitos nesta terça-feira (11/07), com a aprovação do projeto de lei (PLC 38) de “reforma” trabalhista. Foram 50 votos a favor, 26 contrários e uma abstenção.

O ilegítimo Michel Temer promete sancionar imediatamente. Logo ele que está prestes a se enterrar no lixo da história. Já o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia afirma que não aceitará mudança alguma no texto.

Tanto Temer quanto Maia querem terceirização total, fim dos empregos com direitos, autônomos permanentes, intermitentes e sem direito de recorrer à Justiça do Trabalho.

Fazem isso no momento em que o Supremo Tribunal Federal (STF) deve julgar a denúncia contra Michel Temer por corrupção passiva e mais da metade do Congresso está sendo investigada, mergulhada num mar de denúncias e delações.

Resistência

Após mais de oito horas a sessão permaneceu suspensa mediante a iniciativa de algumas senadoras, que ocuparam as cadeiras da mesa-diretora da Casa, impedindo a abertura dos trabalhos.

Truculento, o presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), mandou apagar as luzes do plenário, cortou o som dos microfones e mandou transferir a votação para o plenário Petrônio Portella, sem a presença da imprensa e de trabalhadores.

Edson Carneiro Índio, Secretário-Geral da Intersindical Central da Classe Trabalhadora conta o que aconteceu: “Enquanto as senadoras ocupavam a mesa diretora, Eunício Oliveira mandou transferir a votação para o plenário Petrônio Portela. Diversos dirigentes sindicais permanecemos na porta do Petrônio Portela para garantir que a votação não ocorresse ali. A polícia legislativa usou arma de choque e muita violência. Nós ficamos lá por muitas horas sem água e sem comida”.

Truculento e autoritário, o presidente do Senado voltou ao plenário, reabriu a sessão e de microfone em punho e sem estar sentado na cadeira de presidente encaminhou a votação da reforma trabalhista.

Do lado de fora do Congresso, manifestantes protestaram durante todo o dia e projetaram as frases “Fora, Temer” e “Fora, Maia” nas torres do Congresso Nacional.

“Não vamos aceitar essas medidas. Temer e esses 50 senadores vão se enterrar no lixo da história”, conclui Índio.

Confira aqui como votou cada senador traidor da classe trabalhadora.

 

Alguns dos ataques aos direitos da classe trabalhadora aprovados pelo Congresso

Permite estabelecer jornada de 12 horas diárias

Contrato para prestação de trabalho intermitente: Pessoa só trabalha quando e pelas horas que o patrão quiser e não tem garantia de quanto irá receber no final do mês

A convenção coletiva e o acordo coletivo de trabalho têm prevalência sobre a lei, mesmo que tenha menos benefícios que o previsto na legislação

Intervalo para almoço e descanso pode ser reduzido para 30 minutos

Grávidas poderão trabalhar em atividades insalubres

Férias poderão ser divididas em até 3 vezes

O tempo gasto pelo empregado no trajeto casa-trabalho não será computado na jornada de trabalho

Fonte: Intersindical – Central da Classe Trabalhadora e Diap

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Publicado por: SEEB Santos e Região

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