O feriado prolongado da Proclamação da República foi de muita reflexão e debate para trabalhadores da Intersindical de todo o Brasil. Entre os dias 15 e 17 de novembro aconteceu, em Cajamar (SP), o Seminário Nacional da Intersindical. A atividade é mais um passo para a formalização da Intersindical como central sindical, ato que acontecerá em março do ano que vem.
A Baixada Santista esteve representada com uma expressiva delegação do Sindicato dos Bancários de Santos e Região, além de trabalhadores das categorias dos vigilantes, caminhoneiros e Sindsprev. No geral, o Seminário contou com participação 150 pessoas de 15 estados e dos mais variados ramos de atividade.
Bancários, químicos, professores, petroleiros, funcionários dos Correios, jornalistas e servidores públicos são alguns dos militantes que passaram o feriado contribuindo para o aprimoramento do plano de lutas que vai pautar a ação da central sindical e encaminhando as próximas etapas estratégicas. A mesa de abertura da atividade foi coordenada pela secretária geral do Sindicato dos Bancários de Santos e Região, Eneida Koury, e contou com falas de Edson Carneiro, o Índio, da coordenação nacional da Intersindical, representantes do Movimento Avançando Sindical (Rossano) e Frente Operária Socialista (Silvana).
Logo após, o jornalista Gilberto Maringoni e o deputado federal pelo PSOL, Ivan Valente, apresentaram uma análise de conjuntura com foco no papel dos sindicatos numa perspectiva de esquerda e os desafios para atuação do movimento sindical.
Já no sábado foi debatido o papel da Intersindical, sua concepção e prática sindical. Os trabalhos foram encaminhados por Arlei Medeiros, da Intersindical, e Aldo, do Trabalhadores na Luta Socialista.
Grupos de trabalho e setoriais de luta (educação e mulheres, por exemplo) foram espaços de troca de informações e tempo para refletir como ampliar a militância em favor da classe trabalhadora. No domingo foi feita a síntese de todas as contribuições, que serão sistematizadas para o Congresso da Intersindical, em março de 2014.
Independente e autônoma
Um dos vários pontos de consenso durante o seminário é que a Intersindical se constrói com autonomia e independência de patrões, governos e partidos políticos. A organização os trabalhadores do campo e da cidade por melhores condições de vida e luta contra a exploração capitalista também estão no gene da Intersindical. E a visão é internacionalista, já que existem explorados em todo o mundo.
“Os debates foram muito bons e com representação bastante plural. Foi um seminário que avançou na concepção da Central, que tem muito espaço para crescer”, destacou o presidente do Sindicato dos Bancários de Santos e Região, e membro da coordenação nacional da Intersindical, Ricardo Saraiva, o Big.
Fonte: Imprensa SEEB Santos e Região