Ministério da Saúde segue sem definição sobre a compra do imunizante para essa faixa etária e admite que podem faltar doses
O ministério da Saúde publicou, ontem terça-feira (19), uma nota técnica com as orientações para a vacinação de crianças de 3 a 5 anos contra a covid-19. De acordo com o documento, a imunização deve ser realizada por grupos prioritários, segundo os estoques da vacina Coronavac disponíveis nos estados e no Distrito Federal.
A recomendação da pasta é que a vacinação deve começar pelas crianças de 3 a 5 anos imunocomprometidas – com seus sistemas naturais de defesa comprometidos. Depois, o imunizante deve ser direcionado para as crianças com 4 anos, seguidas pelas crianças de 3 anos de idade. O intervalo entre a primeira e a segunda dose da Coronavac deve ser de 28 dias.
O ministério recomenda ainda que, para o público a partir dos 5 anos, deve ser aplicada a vacina da Pfizer, já aprovada para a faixa-etária de 5 a 11 anos.
Remanejamento
O secretário-executivo do ministério da Saúde, Daniel Pereira, afirmou, em entrevista para a Folha de São Paulo, que os estados têm 1,2 milhão de doses da Coronavac em estoque e que pode faltar nas capitais.
“A primeira etapa foi levantar as doses que a gente tinha em cada estado, para ver exatamente onde têm a maior oferta e onde estão as demandas. Agora, a gente vai começar essa conversa de identificar a demanda maior de cada região para verificar se há a necessidade ou não de fazer esse remanejamento”, afirmou.
“Talvez o problema seja em algumas capitais. Então, [talvez] possa ser feito um remanejamento dentro dos municípios. Essa logística a gente está vendo”, disse Pereira.
Compra segue emperrada
Na nota técnica, o ministério afirma que está em tratativas com o Instituto Butantan, fabricante da Coronavac no Brasil, e com o Consórcio Covax, para aquisição de novas doses. À Folha, Pereira afirmou que o ministério está trabalhando para que as doses para essa população cheguem em até 30 dias.
A Coronavac foi aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para vacinação de crianças de 3 a 5 anos na última quinta-feira (14).
Campanha de multivacinação
A nota do ministério informa também que em agosto será realizada a Campanha Nacional de Multivacinação, estratégia para melhores coberturas para as vacinas contempladas no Calendário Nacional de Vacinação. A pasta recomenda a administração concomitante de vacinas contra a covid-19 com as demais vacinas do calendário vacinal.
Crédito: Agência Brasil
Fonte: Brasil de Fato
Escrito por: Redação São Paulo – edição: Rodrigo Durão Coelho