O Brasil gastou cerca de R$ 1.1 bilhões em seu programa voltado para a AIDS no ano de 2008. No entanto, apenas 7% desse valor foi destinado à prevenção de novas contaminações pelo vírus HIV. Por conta desse baixo índice, a Unaids (Programa das Nações Unidas para HIV/AIDS) advertiu o governo brasileiro em seu relatório anual divulgado nesta terça-feira (13).
Conforme a Unaids, entre 2003 e 2008, um terço dos novos casos de AIDS no Brasil foi diagnosticado apenas nos últimos estágios da doença. O relatório recomenda que se dê prioridade na ampliação dos testes e dos serviços de acompanhamento para prevenir diagnósticos tardios. Apesar do Brasil ser mencionado como uma “liderança mundial” no tratamento da AIDS, apenas 50% das mulheres grávidas soropositivas têm acompanhamento para evitar a transmissão para o feto.
Uma combinação de remédios desenvolvidos no início da década de 1990 mantém a carga viral do sangue baixa, o que reduziu as possibilidades de morte precoce. No Brasil, o coquetel é oferecido gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
A estimativa é que existam 630 mil pessoas portadoras do vírus HIV no país. Em todo o mundo, 33,4 milhões de pessoas viviam com o vírus, segundo dados de do final de 2008. A Unaids revelou que seis países africanos se destacaram por reduzir em 25% a incidência entre os jovens de 15 a 24 anos de idade.
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