De forma unilateral, sem consultar o movimento sindical e os funcionários, o Santander adiantou o 13º integralmente em abril, não vai antecipar o salário de dezembro antes do Natal, não negocia uma ajuda de custo para quem está trabalhando em home office (como já fizeram Bradesco, Itaú e BB) e, agora, aumentou o plano de saúde dos funcionários que utilizam SulAmérica e Unimed em 17,78%
De acordo com a diretora do Sindicato dos Bancários de Santos e Região e bancária do banco espanhol, Priscila Germano, todos foram pegos de surpresa com o aumento, já que a grande maioria dos trabalhadores brasileiros não tiveram mais do que 1% de reajuste. “A inflação é galopante, os preços da comida, gás, energia, gasolina aumentam e o banco não antecipa os salários de dezembro, mas antecipa um aumento brutal de mais de 17% quando mais precisamos de saúde”, diz.
“Não bastasse já estarmos sobrecarregados de trabalho por falta de funcionários, pressão constante para vender produtos de porta em porta com risco de contrair a Covid-19, não antecipar o salário antes do Natal e Ano Novo, não querer negociar uma ajuda de custo para quem trabalha em teletrabalho e tem que gastar sua internet, sua energia, sua casa e divide as pressões do banco com a família, o patrão dá como presente um aumento de 17,78% na mensalidade do plano de Saúde em plena pandemia!” ressalta Léo Ventura, diretor do Sindicato e funcionário do Santander.
Pois é, os bancários são uma das categorias mais atingidas pelo contágio do novo coronavírus, principalmente porque estão na linha de frente de atendimento à população, sendo considerado um dos serviços essenciais. “São mais de 177 mil mortes de brasileiros e aumentando, mas nada disso sensibiliza o banco espanhol, que segue pressionando por metas, demite em massa, tem grande número de funcionários que contraíram a Covid-19, mas não dá o devido respeito para seus trabalhadores e trabalhadoras que lhes proporcionam o maior lucro do mundo!”, finaliza Léo.
Fonte: Comunicação do SEEB de Santos e Região