O presidente do Santander também defende a reforma trabalhista, porque além de outras coisas, permite a não homologação das demissões diante de representantes dos trabalhadores. Por que esse interesse? Será para burlar as leis e indenizações devidas aos Bancários?
O presidente do Santander Brasil, Sérgio Rial, revelou parte de sua proposta para a agência bancária do futuro com a inauguração, em Jundiaí (SP), de uma unidade do banco que se baseia em alta tecnologia, simplicidade e proximidade com os clientes. A principal proposta do banco é “mostrar que o relacionamento presencial continuará a ter um papel importante no setor financeiro, ainda que um pouco diferente do que se vê atualmente”.
No programa de entrevista Canal Livre, da TV Bandeirantes, Rial deixou escapar que o horário dos bancários é muito curto por conta das leis trabalhistas e de acordos sindicais. “Os bancários devem trabalhar no mínimo 8 horas”, disse.
O presidente do Santander também afirmou que a reforma trabalhista é ótima, porque além de outras coisas, permite a não homologação das demissões diante de representantes do sindicato. Por que esse interesse? Será para burlar as leis e indenizações devidas aos funcionários? Também elogiou a reforma da previdência que retira a aposentadoria dos trabalhadores.
De acordo com o banco a alta tecnologia estará presente nos detalhes, e os clientes poderão entrar na agência sem passar pelas portas giratórias com detectores de metais. Rial reclamou, na entrevista, que o banco gasta muito com segurança. Por isso, quer retirar portas e vigilantes.
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“Direcionadores inteligentes instalados no piso e no teto orientam o tráfego no interior da agência conforme o horário e o fluxo de clientes. E isso não é feito para esvaziar o ambiente: poltronas, mesas para pequenas reuniões, wi-fi gratuito e máquinas para vender snacks e bebidas são um convite a permanecer mais tempo no banco”, diz o comunicado da instituição. “Caberá a nós, bancos, criar mecanismos para ressignificar também o papel dos funcionários dentro da organização”, ressaltou Rial.
“Temos que estar preparados para os ataques de Sergio Rial e dos banqueiros em diminuir empregos, aumentar o acúmulo de serviço, metas, diminuir direitos dos bancários, extensão do horário de trabalho de 6h para 12h, do trabalho aos sábados, da pejotização da gerência sem direito algum, da terceirização. A sindicalização é o único caminho”, reafirma Fabiano Couto, secretário de comunicação do Sindicato dos Bancários de Santos e Região e funcionário do Santander.
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Fonte: Imprensa SEEB Santos e Região
Escrito por: Gustavo Mesquita