A grande participação do Brasil no lucro global do Santander já está se tornando comum nos últimos anos.
O Banco Santander lucrou R$ 7,120 bilhões no 1º semestre de 2019, um crescimento de 21% em relação ao mesmo período de 2018, e de 4,3% no trimestre. O retorno sobre o Patrimônio Líquido Médio Anualizado (ROE) ficou em 21,3%, com alta de 2,0 p.p. em doze meses. O lucro obtido no Brasil representou 29% do lucro global que foi de € 3,231 bilhões (queda de 13,9% em relação ao 1º semestre de 2018).
A grande participação do Brasil no lucro global do Santander já está se tornando comum nos últimos anos. É por essa grande importância que o movimento sindical luta para que os bancários brasileiros sejam mais respeitados, tenham melhores condições de emprego e de vida. Isto não seria nada além de reconhecimento do ótimo trabalho que fazem todos os dias.
Os números brasileiros compensam o fraco desempenho na Europa. Há anos os juros baixos pesam sobre os lucros dos bancos europeus, por isso o Santander aposta cada vez mais na América Latina, onde busca se beneficiar do crescimento da população, incluindo muitas pessoas que, pela primeira vez, têm acesso a serviços bancários. Os resultados destacam as disparidades dos negócios do banco, já que as Américas do Norte e do Sul são responsáveis por uma fatia cada vez maior do lucro subjacente.
A holding encerrou o 1º semestre com 48.912 empregados, com abertura de 904 postos de trabalho em 12 meses. Foram abertas 40 agências entre junho de 2018 e junho de 2019.
A Carteira de Crédito Ampliada do banco teve alta de 7% em doze meses e de 1,9% no trimestre, atingindo R$ 394,1 bilhões. As operações com pessoas físicas cresceram 18% em relação a junho de 2018, chegando a R$ 141,4 bilhões, impulsionado por cartão de crédito (22,3%), crédito consignado (23,2%) e crédito imobiliário (12,0%). A Carteira de Financiamento ao Consumo, originada fora da rede de agências, somou R$ 53,2 bilhões, com crescimento de 17,2% no período. Do total desta carteira, R$ 44,2 bilhões (83,1% da carteira) referem-se a financiamentos de veículos para pessoa física, que cresceu 17,0% no período.
O crédito pessoa jurídica apresentou queda de 1,8% em doze meses e leve alta de 0,2% no trimestre, alcançando R$ 123,0 bilhões. Entre junho de 2018 e junho de 2019, o segmento de pequenas e médias empresas cresceu 10%, enquanto o de grandes empresas caiu 6,1%. Desconsiderando-se o efeito cambial, a queda da carteira para grandes empresas foi de 5,9% em relação a junho de 2018. O Índice de Inadimplência superior a 90 dias ficou em 3%, com crescimento de 0,2 p.p. As despesas com provisões para créditos de liquidação duvidosa (PDD), por sua vez, caíram 2%, somando R$ 6,4 bilhões.
A receita com prestação de serviços mais a renda das tarifas bancárias cresceu 9,2% em doze meses, totalizando R$ 9,2 bilhões, enquanto as despesas de pessoal mais PLR subiram apenas 0,8%, atingindo R$ 4,6 bilhões no período. Assim, a cobertura dessas despesas pelas receitas secundárias do banco foi de 198,3%.
Fonte: Contraf