Atuação na América Latina destoa da prática de não reconhecimento aos trabalhadores no Brasil, com demissões e paralisação das negociações do acordo aditivo.
A atuação do Santander na América Latina foi louvada por reportagem da revista Exame. Com base em dados obtidos pela Agência Efe, a publicação informa que o banco espanhol destinará mais de US$ 11 bilhões até 2018 em financiamentos de projetos de infraestruturas na região, com a construção e melhoria de portos, aeroportos, redes viária e ferroviária.
Os dados indicam que o Brasil será um dos principais receptores dos recursos, com US$ 4,8 bilhões, seguido do México, com US$ 3,8 bilhões. Outros US$ 2,1 bilhões iram para obras de infraestruturas na Argentina e o restante para Chile e Uruguai.
De acordo com a presidenta do Santander, Ana Patricia Botín, os investimentos são voltados ao desenvolvimento de energias renováveis e convencionais na região, à construção de oleodutos e gasodutos, assim como a melhoria do acesso à água e seu tratamento.
Essa atuação do banco, retratada pela reportagem, é até louvável, mas o Santander está devendo em respeito aos trabalhadores da região, principalmente no Brasil. Está certo, os bancos têm de atuar na economia, mas também devem ter responsabilidade social no que tange aos trabalhadores e isso o Santander não faz no país. Estão acontecendo muitas demissões, não há respeito ao processo negocial do acordo aditivo. O banco destaca sua atuação em áreas de infraestrutura voltadas inclusive para a educação, mas não repõe sequer a inflação na bolsa auxílio estudo de seus funcionários. Não atende reivindicações, muitas delas básicas e que melhorariam a rotina dos bancários. E, vale lembrar: um tratamento muito desigual se comparado aos trabalhadores da casa matriz, na Espanha, em que pese os bancários do Brasil respondem por 20% de lucro mundial. O movimento sindical cobra a retomada das negociações do aditivo, com respeito às reivindicações dos trabalhadores.
Fonte: Com informações SEEB SP