Bancários de São Paulo foram impedidos de distribuir informativo nos prédios Radar, Torre Santander e Conexão onde acontecem terceirizações
Além de realizar um processo intenso de terceirização que irá resultar na perda de direitos para os trabalhadores, o Santander ainda promove prática antissindical. O movimento sindical está sendo impedido de acessar os centros administrativos do banco espanhol. A situação está ocorrendo na Torre Santander, no Radar e no Conexão.
A cláusula trigésima terceira do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) específico dos empregados do banco – aditivo à Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) da categoria bancária – “assegura o acesso dos dirigentes sindicais com frequência livre empregados do banco às dependências do Santander, inclusive prédios administrativos”. O ACT é um documento assinado pela direção do Santander e pelos representantes dos trabalhadores.
“O banco vem terceirizando para reduzir direitos dos bancários, desrespeita o Acordo Coletivo de Trabalho, toma atitudes unilaterais, não negocia com os sindicatos numa verdadeira forma autoritária nas relações trabalhistas e quer barrar os representantes dos funcionários por conta das ações sindicais em defesa dos bancários”, ressalta Fabiano Couto, secretário de Comunicação do Sindicato dos Bancários de Santos e Região.
Radar Santander
Em um exemplo da prática antissindical, dirigentes do Sindicato de São Paulo. Osasco e região foram impedidos de ingressar no Radar sexta-feira 14, durante atividade de distribuição da Folha Bancária que, dentre outros assuntos, denuncia as terceirizações na instituição financeira.
Por volta de 13h desta sexta-feira 14, integrantes da área de segurança pediram que os dirigentes se retirassem do hall e se mantivessem do lado de fora das catracas. Também pediram que a Folha Bancária fosse distribuída na calçada. Informaram ainda que a Relações Sindicais do Santander considerava o jornal “um documento de posicionamento político”.
“Em contato com o RH do banco, nos foi informado que a proibição do acesso ao prédio é determinação da área de segurança, devido aos protestos recentes contra a terceirização. O banco também alegou que não tem responsabilidade sobre a negativa do acesso dos dirigentes ao prédio. Mas integrantes da área de segurança nos disseram que não foram eles que bloquearam nosso acesso ao Radar”, relata o dirigente sindical e bancário do Santander Roberto Paulino.
“O Santander não vai impedir o Sindicato de protestar contra as terceirizações e de dialogar com os trabalhadores. A direção do banco deve respeitar os trabalhadores e seus representantes sindicais, porque as atividades vão continuar”, garante o dirigente.
Fonte: SEEB de São Paulo com edição da comunicação do SEEB de Santos e Região