O banco espanhol cobra e pressiona por metas incansavelmente como um leão, mas na hora de pagar a Participação nos Lucros e Resultados (PLR) torna-se uma tartaruga. O que desestimula o funcionário e funcionária
O banco Santander fará o pagamento da primeira parcela (antecipação) da Participação nos Lucros e Resultados (PLR) somente no dia 30 de setembro, data limite para o pagamento. Apesar do pedido de antecipação do Sindicato. O banco alega que precisa de mais tempo para fechar os cálculos da remuneração variável referente ao primeiro semestre.
“Todo o ano o Santander despreza a antecipação da PLR dos funcionários, com uma justificativa desrespeitosa. Os bancos tiveram a informação sobre índices de correção da PLR ao mesmo tempo. Os públicos já efetuaram o pagamento, Itaú, Bradesco e Safra anteciparam para antes da data final. Não existe motivo para que o Santander não pague adiantado”, salienta Fabiano Couto, secretário de Comunicação do Sindicato dos Bancários de Santos e Região e bancário do Santander.
O lucro acumulado no semestre de 2022 foi de R$ 8,089 bilhões, este lucro das unidades brasileiras do banco espanhol representou 27,9% (€ 1,365 bilhão) do lucro global, que foi de € 4,894 bilhões, este último com alta de 16% em 12 meses.
“O banco cobra bem as metas, mas na hora de pagar a PLR é o último. Os funcionários merecem muito mais”, diz Roberta Menna, dirigente sindical e funcionária do banco espanhol.
Os valores fixos da PLR foram corrigidos pela inflação (INPC) acumulada entre 1º de setembro de 2021 e 31 de agosto de 2022, calculada em 8,73%. Mas, o teto da parcela adicional foi corrigido em 13% e passa a ser de R$ 6.677,55. A antecipação representa 54% do salário, acrescido de um valor fixo de R$ 1.832,93 e de R$ 3.171,94 de parcela adicional. O restante será pago em fevereiro de 2023.
Crédito: Fabiano Couto
Fonte: Comunicação do SEEB de Santos e Região