O Santander Brasil apresentou lucro líquido gerencial de R$ 1,407 bilhão no terceiro trimestre de 2013, montante 6,7% menor do que o registrado no mesmo intervalo de 2012, de R$ 1,509 bilhão. Com isso, o lucro acumulado nos primeiros nove meses deste ano foi de R$ 4,335 bilhões.
A filial brasileira respondeu por 24% do resultado global do Santander, mantendo o posto de mais lucrativa. Reino Unido veio em seguida, com 15%.
O lucro líquido gerencial considera o resultado contábil com reversão das despesas com amortização dos ágios. Em relação ao segundo trimestre, houve recuo de 0,2%.
O resultado superou as estimativas de analistas do mercado consultados pela Agência Estado, em 11,4%. A média de oito casas consultadas (BTG Pactual, Citibank, Bank of America Merrill Lynch, Deutsche Bank, GBM Brasil, JPMorgan, Safra e UBS) indicava resultado de R$ 1,263 bilhão.
O Santander encerrou setembro com patrimônio líquido de R$ 53,457 bilhões, cifra 1,3% maior do que a registrada no segundo trimestre. O retorno sobre o patrimônio líquido (ROE) do banco ficou em 10,6% no terceiro trimestre, 0,3 ponto porcentual inferior ao visto no segundo trimestre, de 10,9%.
A carteira de crédito ampliada do banco espanhol totalizou R$ 272,790 bilhões no terceiro trimestre, aumento de 2,3% ante os três meses imediatamente anteriores.
O segmento de grandes empresas foi o que mais cresceu, com alta de 5,4%. Pessoa física veio em seguida com avanço de 2,1%. Em contrapartida, o banco reduziu em 3,3% a oferta de recursos para pequenas e médias empresas em setembro ante junho e em 0,7% o financiamento ao consumo.
No mundo
Considerando todas as filias no mundo, o Santander obteve um lucro líquido de 3,31 bilhões de euros (R$ 9,998 bilhões) nos nove primeiros meses de 2013, 77% a mais que no mesmo período de 2012. O aumento é justificado especialmente pelas menores necessidades de provisões, o que significa que o banco já lucrou mais que em todo o ano passado (2,295 bilhões de euros).
Em comunicado enviado hoje à Comissão Nacional de Bolsa de Valores (CNMV), a entidade explica que a América Latina forneceu 49% do lucro global, área na qual destacou o Brasil. A Europa forneceu 40% às contas do grupo, sendo que 7% vieram da Espanha; 15% do Reino Unido e 6% da Alemanha e da Polônia. Por sua vez, os Estados Unidos forneceram 11% dos lucros do grupo.
O crédito à clientela caiu 2% nesses nove primeiros meses, até 686,821 bilhões de euros, com uma inadimplência de 5,43%, que no mercado espanhol ficou em 6,40%. Os depósitos globais cresceram 5% e se situaram em 633,433 bilhões de euros.
Fonte: Contraf com Valor Econômico e Agência Estado