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Quando o assédio é moral

18 de abril de 2019

A prática de assédio moral, patrocinados pela opressão impõe ao sujeito uma série de perigos, uma vez que podem causar ou potencializar vários distúrbios emocionais e até mesmo psiquiátricos

Desde que surgiram as primeiras relações de trabalho já podia ser observado o assédio. Mas foi devido às amplas mudanças no ambiente organizacional, com avanço tecnológico no mundo, e com a possibilidade de se poder falar a respeito, é que esse assunto passou a ser amplamente discutido. As pessoas passaram a ganhar voz, e com isso também a coragem para falar sobre isso passou a ser artigo valorizado.

 

Embora as relações perversas sempre tenham existido, tanto no ambiente de trabalho quanto no ambiente familiar, atualmente tem havido espaço para se discutir sobre o sofrimento ao qual uma pessoa pode ser submetida ferindo sua autoestima e sua capacidade de se relacionar consigo própria e com os outros. O rendimento tende a baixar e a pessoa passa a ficar debilitada, atacando friamente sua saúde mental.

 

Observa-se que atitudes como essa onde se expõe o outro a situações constrangedoras, durante o exercício de seu trabalho, frequentemente ocorrem em relações onde há subordinação hierárquica, isto é, quando pessoas que exercem funções de liderança abusam da autoridade, interferindo psicologicamente, de forma negativa nas pessoas lideradas, uma forma clara de terror psicológico ou violência psíquica.

 

A prática de assédio moral, patrocinados pela opressão impõe ao sujeito uma série de perigos, uma vez que podem causar ou potencializar vários distúrbios emocionais e até mesmo psiquiátricos, entre eles a depressão e/ou o transtorno de ansiedade porque destrói a capacidade de trabalho e a resistência psicológica das vítimas.

 

O que se observa é que as vítima do assédio moral particularmente tornam-se alvo de ameaças, calúnias e críticas infundadas. Do ponto de vista emocional os assediados são pessoas que estão mais disponíveis às mudanças, mais abertas as críticas e particularmente mais democráticas, curiosamente são pessoas mais empáticas, éticas e com capacidade de liderança informal.

 

Os atos perversos, sejam na família ou na organização de trabalho, nunca deverão ser vistos como algo normal. A banalização ou naturalização do mal é o câncer do mundo e a conscientização de sua existência é o que se pode considerar importante para levar a frente denúncias desse tipo de ato. Ao se perceber confuso sem motivo aparente no ambiente de trabalho, é importante procurar ajuda de confiança. Uma rede de apoio poderá facilitar o favorecimento de novas percepções a e por fim levar a novas direções.

 

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Fonte: Jornal O Dia
Escrito por: Renata Bento – Psicóloga Especialista em Família

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Publicado por: Fabiano Couto

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