Bancárias e bancários do Banco do Brasil (BB) e a diretoria do Sindicato de Santos e Região realizaram, nesta quinta-feira (21), novo Dia Nacional de Luta contra a reestruturação que está sendo proposta pelo governo federal e a direção do banco que prevê fechar centenas de unidades e demissão de 5 mil funcionários
Em Santos/SP, houve protesto em frente a agência Gonzaga, Av. Ana Costa, 486, das 10h às 12h, com distribuição de carta aberta, colagem de cartazes, faixas e som para esclarecer o prejuízo que a restruturação causará com fechamento de agências e demissão voluntária de funcionários aos funcionários, clientes, à população e ao Brasil. O movimento sindical, propõe uma paralisação nacional dia 29/1.
A reestruturação prevê o fechamento de quase 400 agências e outras unidades do Banco do Brasil (BB), além da demissão de 5 mil funcionários.
País e população serão prejudicados!
“O governo federal diz que vai fechar “361 unidades, sendo 112 agências, 7 escritórios e 242 Postos de Atendimento (PA)”, além da conversão de 243 agências em postos de atendimento e a ‘transformação’ de 145 unidades de negócios em Lojas BB, estes dois últimos, sem gerentes e guichês de caixa. Tudo no primeiro semestre de 2021”, alerta Ricardo Saraiva Big, Secretário de Relações Internacionais da Intersindical Central da Classe Trabalhadora e funcionário do banco.
“Nenhum outro banco facilita empréstimos com juros mais baixos aos micros, pequenos e médios agricultores; empresas e comércio em geral, instalados em pequenas cidades. Financia esporte, cultura e outras áreas sociais. A importância para a sociedade brasileira, fomento de empregos e riquezas à nação é extraordinária e essencial ao País! Os bancos privados só objetivam o lucro, sem se importar com os brasileiros!” Ressalta Eneida Koury, presidente do Sindicato e funcionária do BB.
Pretendem fechar duas agências em Santos/SP
Em Santos, duas agências serão desativadas nos planos do banco. A agência Santista, rua Dom Pedro II, 49, Centro e o Posto de Atendimento que fica na esquina do canal 5 com Epitácio Pessoa, Av. Almirante Cochrane, 47, Embaré.
“A população será prejudicada – passará a contar com uma rede de agências menor, com menos funcionários. Algumas cidades ficarão sem agências. O atendimento vai ser ainda mais precarizado”, diz André Elias, dirigente do Sindicato dos Bancários de Santos e Região e bancário do BB.
Sindicato já havia paralisado várias unidades dia 15
Em Santos, no último dia 15/1, já foram paralisadas o prédio da agência Santos/XV de Novembro, dois escritórios exclusivos, uma agência empresas, um escritório private, uma agência varejo, Administrativo do PSO e o jurídico do banco, além da agência Santista/D. Pedro II. Também foram realizadas reuniões com funcionários e uma plenária.
“Temos que conscientizar clientes, parlamentares, prefeitos e para a população em geral os prejuízos que a proposta do governo federal e da direção do Banco do Brasil pode provocar. Vivemos uma pandemia, estamos com mais de 14 milhões de desempregados e eles querem demitir 5 mil pessoas, fechar agências que atendem cidades isoladas do interior, além de tentarem desmontar um banco público essencial para a economia brasileira”, aponta Eneida Koury.
De 21 a 28/01 os bancários serão mobilizados nas redes sociais, abaixo-assinado, reuniões com os funcionários nos locais de trabalho, colagens de cartazes e panfletagens.
Luta por direitos
Conforme a programação de luta dos funcionários e sindicato, será acionado o Ministério Público do Trabalho para a obtenção de informações sobre a reestruturação. Vão promover ações judiciais para garantir ao bancário direitos básicos, como garantia à estabilidade financeira para quem recebe gratificação/comissão por longo período (nos termos da súmula 372/TST); manutenção do salário para quem teve o cargo renomeado, porém continua com idênticas atividades, havendo ilegalidade no rebaixamento salarial e o não desconto em conta corrente de valores relativos a bolsa de estudos.
Crédito: Fernando Diegues
Fonte: Comunicação do SEEB de Santos e Região