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Privatização do BB e Caixa volta à tona!

17 de julho de 2019

“Para que serve a Caixa Econômica? Para que serve o Banco do Brasil? Para que serve a Petrobrás?”, pergunta Rodrigo Maia, presidente da Câmara de Deputados

No atual cenário político do país, a extinção dos bancos públicos volta à tona. Isso é o que destacou o atual presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, em evento da Expert XP, que reuniu representantes da elite política e do setor empresarial em São Paulo.

 

Em sua exposição, Rodrigo Maia minimizou o papel das empresas públicas ao perguntar para a plateia: “Para que serve a Caixa Econômica? Para que serve o Banco do Brasil? Para que serve a Petrobrás?”. Segundo ele, o governo teria de ter coragem de enfrentar este debate de privatizações.

 

Não é nova a ideia de privatização dos bancos públicos. Apesar dos bancos públicos desempenharem um papel fundamental na economia brasileira, pois são um importante instrumento de política econômica e de promoção do desenvolvimento econômico e social, as ameaças são constantes.

 

Ainda, segundo Maia, a Caixa Econômica virou um emaranhado de coisas, um gigantismo desnecessário e vive basicamente da administração dos fundos públicos, que deve ser reformado. “Nós precisamos reduzir as empresas públicas e não apenas a previdenciária”, diz o parlamentar.

 

Vale lembrar que os bancos públicos são fundamentais porque têm funções que vão além da busca do lucro. Bancos públicos são essenciais porque há atividades e setores econômicos que os bancos privados não têm interesse em participar. Bancos públicos são necessários para viabilizar políticas econômicas e sociais de governos e para financiar setores e segmentos específicos. Essas instituições públicas são imprescindíveis para o desenvolvimento do país e para aumentar o bem-estar social.

  

Atuantes em políticas públicas

A Caixa e o Banco do Brasil também se destacam como maiores operadores de crédito, sendo a Caixa responsável, atualmente, por R$158 milhões, e o BB por R$115 milhões. Os bancos públicos são ainda atuantes em políticas públicas, como por exemplo, o Financiamento Estudantil (Fies), beneficiando 2,2 milhões de estudantes em 2015 (76% da rede pública) e o Bolsa Família (em 2019 foram mais de R$31 milhões repassados aos beneficiários), viabilizando a manutenção de importantes políticas públicas para a população.

 

Frente Parlamentar em Defesa dos Bancos Públicos 

Lançada em maio deste ano, em Brasília, a Frente Parlamentar Mista em Defesa dos Bancos Públicos tem o objetivo de evidenciar e combater a venda das instituições financeiras, como vem sinalizando as atuais diretorias dos bancos. Parlamentares e representantes de entidades como a Fenae enfatizaram a importância das instituições financeiras públicas na economia do Brasil, em especial pelas políticas de crédito na área da habitação, agrícola e desenvolvimento urbano.

 

A Frente conta com 209 integrantes, sendo 199 deputados e 10 senadores, de 23 partidos. Cabe à Frente Parlamentar Mista em Defesa dos Bancos Públicos ampliar os debates na sociedade e fazer articulações no Congresso Nacional com o intuito de barrar projetos de reestruturação que miram o sucateamento e privatização das instituições financeiras públicas, como Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil, BNDES, Banco do Nordeste (BNB) e Banco da Amazônia (Basa).

 

A entidade pretende ainda criar um banco de dados com informações dos municípios para integrar os estados. O site Reconta Aí, que reúne informações dos bancos públicos, também foi citado.

 

Raio X de Rodrigo Maia

1-    Rodrigo Maia foi a favor da aprovação da Reforma Trabalhista;

 

2-    É responsável pela aprovação (1º turno) e articulador da Reforma da Previdência;

 

3 –   Foi relator do projeto que discutiu a reforma política na Câmara e defensor de doações de empresas a partidos políticos;

 

4 –  Engavetou 25 processos de impeachment contra Temer;

 

5 –  Não negociou à Medida Provisória 808, que alterava a reforma trabalhista em favor dos trabalhadores e por isso perdeu a validade. A MP tratava dos trabalhos intermitente e autônomo, as condições de trabalho para grávidas e lactantes e a jornada 12×36, entre outros pontos;

 

6-   É contra o Programa Bolsa Família, afirmou que o programa social “escraviza” as pessoas;

 

7-   Responde a dois processos por CORRUPÇÃO no STF.

 

Mobilização para continuar na luta!

A Intersindical Central da Classe Trabalhadora e a diretoria do Sindicato dos Bancários de Santos e Região sempre estiveram engajadas para que os bancos públicos como a Caixa e Banco do Brasil façam seu papel social como instituição financeira, agente de políticas públicas e parceira estratégica do Estado brasileiro. É um crime empurrar os bancos para o mercado financeiro e privatizá-lo, desviando bilhões do bolso dos trabalhadores para especuladores da bolsa.

 

Os empregados terão suas condições de trabalho precarizadas, com perdas de benefícios, direitos e salários. Como aconteceu com bancários do Banespa e Nossa Caixa privatizados e que até hoje ressentem-se muito por não lutarem e mobilizarem-se com mais vigor contra a entrega do patrimônio do povo paulista.

 

Os banespianos e seus direitos foram dizimados. Na Nossa Caixa todos estão descontentes, apesar de irem para o Banco do Brasil sofreram arrocho salarial. Todos perderam algum direito, principalmente na questão do convênio de saúde e cargos comissionados.

 

“Precisamos de mobilização para continuar lutando contra a privatização. Com a abertura do capital o objetivo dos novos acionistas será exclusivamente o lucro, excluindo o papel social, direitos e estabilidade dos bancáros”, afirma Eneida Koury, presidente do Sindicato.

Fonte: Contraf com SEEB de Santos e Região
Escrito por: Gustavo Mesquita e Contraf

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