Aumento médio do litro da gasolina aos distribuidores será de 18,8% e do diesel, de 24,9%. Após o golpe de 2016, a Petrobras passou a adotar política de preços orientada por flutuações no mercado internacional de petróleo e no câmbio
A Petrobras anunciou nesta quinta-feira(10) aumento nos preços da gasolina, do diesel e do gás de cozinha. A partir de amanhã (11), o preço médio de venda do litro da gasolina para as distribuidoras passará de R$ 3,25 para R$ 3,86, alta de 18,8%. O do diesel irá de R$ 3,61 para R$ 4,51, reajuste de 24,9%.
O gás de cozinha (GLP) foi reajustado às distribuidoras em 16,1%, passando de R$ 3,86 para R$ 4,48 por quilo. Assim, um botijão de 13 quilos passa a custar R$ 58,21 às distribuidoras, que devem repassar aos consumidores. Atualmente custa R$ 102,64, comprometendo a renda de grande parte das famílias brasileiras.
“Após serem observados preços em patamares consistentemente elevados, tornou-se necessário que a companhia promova ajustes nos seus preços de venda às distribuidoras para que o mercado brasileiro continue sendo suprido, sem riscos de desabastecimento, pelos diferentes atores responsáveis pelo atendimento às diversas regiões brasileiras”, disse a Petrobras em nota, acrescentando que decidiu não repassar de imediato a volatilidade decorrente da guerra na Ucrânia.
Segundo a companhia, “esses valores refletem parte da elevação dos patamares internacionais de preços de petróleo, impactados pela oferta limitada frente a demanda mundial por energia. Mantemos nosso monitoramento contínuo do mercado nesse momento desafiador e de alta volatilidade”, acrescentou a estatal.”
Aumento da gasolina depois do golpe de 2016
O preço final dos combustíveis nas bombas dos postos depende também de impostos e das margens de lucro de distribuidores e revendedores. Segundo a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o preço médio da gasolina no país foi de R$ 6,577 na semana encerrada no dia 5. Já o do diesel ficou em R$ 5,603.
Alternativas para o preço elevado dos combustíveis têm sido discutidas pelo Congresso Nacional e pela Presidência. Mas não há consenso. Desde 2016, após o golpe que destituiu a presidenta Dilma Rousseff (PT), a Petrobras passou a adotar para suas refinarias uma política de preços orientada por flutuações de preços do barril de petróleo no mercado internacional e pelo câmbio.
Já o presidente Jair Bolsonaro, em plena campanha eleitoral, tem sinalizado que não deverá deixar a companhia repassar integralmente a alta internacional do petróleo para o mercado interno.
Crédito: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Fonte: Rede Brasil Atual