Bancários consideram metas por produtividade excessivas. Cresce na categoria o número de trabalhadores adoecidos por pressão e assédio moral
Não é de hoje que o movimento sindical denuncia a pressão e o assédio moral como prática dos bancos para o atingimento de metas cada vez mais absurdas. Segundo levantamento feito pelo Ministério Público do Trabalho, em ação civil pública, 88% dos bancários do Santander estão insatisfeitos com a política de metas do banco espanhol, por considerá-las excessivas. Deste total, 66% disseram que a cobrança de metas é excessiva ou causa constrangimento e 55% declararam que geram prejuízos à saúde e a vida social dos bancários.
A gravidade da situação no banco levou os sindicalistas representantes dos bancários do Santander a intensificar a campanha nas agências, redes sociais contra o programa de metas do banco. Os bancários e bancárias ainda podem participar da mobilização no Twitter, com a hashtag #SeLigaSantander.
O problema acontece em todos os bancos, especialmente no setor privado. É grande o número de bancários com doenças psíquicas causadas por metas desumanas.
Na Baixada Santista, os bancários e diretores do Sindicato dos Bancários de Santos e Região promoveu protestos nas cidades de Cubatão, Praia Grande e Santos contra a falta de funcionários, assédio por metas, demissões, acúmulo de função e adoecimento dos trabalhadores.
Crédito: Gustavo Mesquita
Fonte: SEEB do RJ com edição da Comunicação do SEEB de Santos e Região