Na última segunda-feira, 18, o Santander revogou a demissão de uma funcionária que está em tratamento médico, depois que a diretoria do Sindicato dos Bancários de Santos e Região paralisou a agência da Pça. Rui Barbosa, 31, em Santos/SP exigindo sua readmissão.
O banco recuou e realizou nova perícia na trabalhadora demitida, que foi acompanhada por diretores do Sindicato de Santos, em São Paulo. O médico indicado pelo Santander, depois de 1h e 30 minutos de análise, afirmou categoricamente que a bancária não podia ser demitida conforme a Lei, porque realmente estava inapta para o trabalho.
Com isso, o banco foi obrigado a conceder 60 dias de afastamento e encaminhá-la novamente ao INSS. “Desta vez esperamos maior responsabilidade do INSS na nova perícia, para que ela possa realmente ser tratada, como queria seu médico particular”, afirma Ricardo Saraiva Big, Presidente do Sindicato dos Bancários de Santos e Região.
Demitida no dia 05/07/2011, depois de receber alta pelo INSS, após realizar uma perícia mal feita no Instituto, a funcionária continuou com sérios problemas de saúde o que a tornava inapta ao trabalho, mas foi obrigada a trabalhar e passou muito mal.
Paralisação
Ao chegar ao conhecimento da diretoria do Sindicato dos Bancários de Santos e Região imediatamente reuniram-se e organizaram a paralisação da agência do Santander, contra a demissão da funcionária que estava em tratamento de saúde, por conta da cobrança por metas.
A paralisação inicialmente programada para ser o dia todo foi interrompida porque o departamento de relações sindicais do Santander entrou em contato com o Sindicato e se comprometeu a fazer uma nova perícia médica para reavaliar o caso.
“É importante que os bancários, que estejam doentes, entreguem os laudos e atestados médicos imediatamente nas agências, para se resguardar contra demissões e também se afaste para fazer o tratamento. É um equívoco achar que ao não entregar o atestado médico o banco irá preservar o emprego.”, ressalta Fabiano Couto, diretor do Sindicato e funcionário do Santander.
O assédio, a extrapolação da jornada, sobrecarga de serviços, desvio de função e a pressão para cumprimento de metas é diária e intensa no Santander. Isto está causando doentes em massa no banco.
Fonte: G