fbpx
Início Notícias Itaú Para os acionistas tudo, mas e para os bancários?
Itaú

Para os acionistas tudo, mas e para os bancários?

31 de julho de 2018

Itaú vai pagar “superdividendo” de 70,6% acionistas, o maior montante já distribuído em um ano por uma empresa brasileira de capital aberto

O Brasil vive uma crise profunda já há alguns anos. O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro cresceu apenas 1% em 2017, na primeira alta após dois anos consecutivos de retração.

 

Falta emprego para 27,7 milhões de brasileiros. Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad) trimestral, do IBGE, são 13,7 milhões de desempregados, 6,2 milhões de subocupados e 7,8 milhões de pessoas que poderiam trabalhar, mas desistiram porque já não conseguem mais procurar emprego. Assim, a taxa de desemprego/subutilização da força de trabalho ficou em 24,7% no primeiro trimestre de 2018, a maior da série histórica da Pnad Contínua, iniciada em 2012. O contingente de subutilizados também é o maior já registrado pela pesquisa.

 

Nesse cenário de caos, somente uns poucos ganham, e muito! É o 1% da população para quem nunca há crise. Levantamento da consultoria Economatica aponta que, nos últimos 12 meses até julho, a média do ganho dos acionistas com dividendos e juros sobre capital próprio foi a maior desde 2010.

 

Por lei, as empresas com ações em bolsa precisam distribuir, no mínimo, 25% do lucro para os acionistas. No entanto, muitas delas, como as de energia e instituições financeiras, distribuem ainda mais. O Itaú Unibanco, por exemplo, paga pelo menos 35% do lucro aos acionistas. E este ano vai pagar ainda mais: um “superdividendo” de 70,6% do lucro anual da instituição em 2017 (R$ 17,6 bilhões) – o maior montante já distribuído em um ano por uma empresa brasileira de capital aberto.

 

Os bancos lucram muito. Os acionistas ficam contentes com isso. Mas, e como fica a vida dos bancários? Os principais responsáveis por esse resultado estrondoso, pressionados a cumprir metas que adoecem e têm custos enormes para a vida desses trabalhadores, de suas famílias e para toda a sociedade.

 

A mesma sociedade que paga impostos sobre o salário, a renda, sobre cada produto que compra, enquanto uma lei da era FHC permite que esses acionistas não paguem nada sobre essa montanha de dinheiro que recebem.

 

O custo que a sociedade paga pelo alto lucros dos bancos no Brasil é altíssimo, enquanto os poucos milionários se dão bem. Esse não é o sistema financeiro que a gente quer. É preciso promover mudanças para impedir que o lucro deles seja resultado do massacre da sociedade e para que, quem ganha tanto, pague mais impostos e ajude a financiar o crescimento do Brasil, para todos.

Fonte: Contraf

Compartilhe
Publicado por: Fernando Diegues

Mais resultados...

Generic selectors
Apenas pesquisar exatas
Pesquisar no título
Pesquisar no conteúdo
Post Type Selectors

Receba notícias de interesse da categoria!

Informação confiável é no Sindicato, cadastre-se para receber informações!

O SEEB Santos e Região foi fundado em 11/01/1933. As cidades da base são: Peruíbe, Itanhaém, Mongaguá, Praia Grande, São Vicente, Santos, Cubatão, Guarujá e Bertioga. O Sindicato é filiado à Intersindical e a Federação Sindical Mundial (FSM).

  ACESSAR EMAIL

Fale Conosco

2022 | Permitida a reprodução desde que citada a fonte.

Licença Creative Commons