A Caixa precisou rever postura diante do corte do benefício após questionamento dos trabalhadores e trabalhadoras.
Foi prorrogado por mais 90 dias o pagamento do adicional de insalubridade aos avaliadores de penhor. Anunciado no dia 5 de julho, o corte do benefício foi questionado pelas entidades de representação dos trabalhadores e trabalhadoras da Caixa, o que fez a instituição financeira rever a posição e garantir o pagamento até setembro.
Nesse mesmo prazo o movimento sindical terá que apresentar justificativas técnicas para manutenção do adicional. Junto com sua assessoria jurídica, a CEE/Caixa prepara um dossiê produzido por uma perícia técnica. Para isso, conta com apoio da Fundacentro, entidade vinculada ao Ministério do Trabalho com expertise na área de segurança, higiene e saúde no trabalho, para barrar a medida do banco.
Assessoria jurídica não basta
O trabalho técnico da assessoria jurídica da CEE/Caixa é importante e tem sido feito com precisão, mas é a mobilização que vai conter o avanço da Caixa sobre os direitos dos trabalhadores. É necessário mostrar à direção do banco e ao presidente ilegítimo, Temer, que os funcionários não estão dispostos a abrir mão direitos.
O adicional de R$ 352,00 (40% do salário mínimo) é repassado aos bancários e bancárias expostos a condições de risco à saúde e deve-se exatamente ao manuseio de ácidos, como o nítrico e o clorídrico, que exigem a existência de exaustores nos locais de trabalho e uso de equipamento de proteção individual.
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Fonte: Sindicato dos Bancários do Espírito Santo