Banco não aceitou que reivindicações contemplasse todos os demitidos e representação dos trabalhadores recusou proposta a público limitado
A direção do banco se recusou a acatar as reivindicações dos trabalhadores, em reunião com a Comissão de Organização dos Empregados (COE) na tarde de ontem quinta-feira (4). As propostas apresentadas pelo banco não englobavam todos os demitidos.
Os bancários reivindicam o fim das demissões, com requalificação dos profissionais que seriam demitidos para reaproveitamento em outras áreas do próprio banco. Para os demitidos, as reivindicações incluem o aumento do valor de requalificação para a busca de uma nova vaga no mercado; o aumento de seis meses, além do previsto na CCT, de manutenção do plano de saúde; seguro de vida; e de dois meses de vale alimentação.
O banco disse aceitar parte das reivindicações, mas apenas para gerentes administrativos e supervisores administrativos. O movimento sindical não aceitou uma proposta que contemple apenas parte dos trabalhadores, em desfavorecimento dos outros.
Os sindicalistas destacaram que o sistema financeiro não foi atingido por esta crise que colocou quase 20 milhões de brasileiros em situação de fome. Muito pelo contrário, os bancos estão sendo favorecidos pelo governo federal e o Banco Central com a alta dos juros.
A reunião para a continuidade das negociações foi marcada para dia 11 de novembro de 2021, às 14h.
Negociações permanentes
A representação dos empregados reivindicou e o banco aceitou o estabelecimento de uma mesa de negociações permanente para tratar de assuntos do interesse dos trabalhadores. A princípio elas serão realizadas a cada três meses, podendo ocorrer antecipadamente por demanda. Os representantes dos funcionários continuarão a reivindicar um termo para atender a todos os demitidos.
Fonte: Contraf com edição da Comunicação do SEEB de Santos e Região