Bancos estão coagindo funcionários para que façam carta de próprio punho confessando irregularidades e depois demitem por justa causa. A Lei garante que nenhuma pessoa é obrigada a assinar qualquer documento ou produzir prova contra si. Denuncie ao Sindicato!
Alguns bancos segundo denúncias e ações na justiça, entre eles o Santander e o Itaú, formaram verdadeiros grupos de repressão para forçar os bancários a confessarem por escrito irregularidades por simples desconfiança. No Santander, por exemplo, existem duas Gerências de Ocorrências Especiais (GOE) e de Ocorrência Interna (GOI) onde sofrem interrogatórios e são pressionados com ameaças para que escrevam e assinem carta onde assumem ilícitos ditados pelos inspetores.
No Itaú os bancários recebem a notícia de que irão participar de um treinamento em São Paulo e são surpreendidos com interrogatórios e ameaças. E também pressionados a fazer uma carta que os incrimine.
Após as demissões, os funcionários vão ao Sindicato sem lembrarem o que escreveram ou assinaram. O departamento jurídico alerta que as demissões por justa causa, dependendo do que escreveram, podem se tornar irreversíveis na justiça.
A diretoria do Sindicato adverte aos trabalhadores a ocorrência deste tipo de situação na região. A Lei garante que nenhuma pessoa é obrigada a assinar qualquer documento ou produzir prova contra si. É muito importante que os bancários e bancárias denunciem estas práticas de tortura psicológica.
Já ocorreram nas últimas semanas três demissões por justa causa na Baixada. É importante que a categoria denuncie estas práticas que estão se tornando comum, porém criminosas por parte do banco, ao Sindicato. Não faça nem assine a carta em hipótese alguma, mesmo sob pressão de sofrer responsabilidades civil e criminal. Geralmente os bancários que foram coagidos são demitidos por justa causa e se assinam a carta fica difícil reverter a dispensa por justa causa e ganharem seus direitos na justiça.
Fonte: Comunicação do SEEB de Santos e Região