Por mais cansativo que seja, infectologistas reafirmam importância do acessório
“É preciso que se mantenha a paciência, por mais difícil que seja, com todo o cuidado possível, usando máscara sempre”. O apelo é do médico infectologista Leonardo Weissmann, membro da Sociedade Brasileira de Infectologia.
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Com o aumento no número de casos do novo coronavírus na região, o uso do acessório torna-se ainda mais necessário. No entanto, não é o que A Tribuna tem registrado nas últimas semanas. Flagrantes de pessoas aglomeradas em festas, em atividades na orla da praia ou até mesmo nas ruas têm preocupado as autoridades médicas. “As pessoas estão exaustas da pandemia e acabaram relaxando nas medidas de prevenção”, afirma Weissmann.
Para continuar fazendo as atividades que a flexibilização da economia permite, é preciso continuar se protegendo, alerta o médico. “Parece que perderam o medo do vírus e é exatamente isso que ele precisa para se propagar com maior velocidade. Quando todos estão usando máscaras, todos estão se protegendo”, diz.
Forma
Dada sua importância, é preciso também saber quais são os tipos de máscara que mais protegem e que menos protegem.
De acordo com o médico infectologista Ricardo Hayden, com o passar do tempo e a descoberta maior de como o vírus age, ficou mais fácil identificar os melhores materiais.
Ele conta que um estudo da Universidade Duke, dos Estados Unidos, fez uma espécie de lista com as melhores máscaras e aquelas que não protegem tanto. Entre as melhores, estão a N95, a máscara cirúrgica descartável, de polipropileno, de amarrar (com duas camadas de material sintético) e de algodão. As piores ficaram com as adaptações, como as feitas de tecido de camiseta, bandana dobrada ou gola de pescoço cortada e usada como máscara.
Segundo Leonardo Weissmann, antes de colocar a máscara é preciso lembrar de higienizar as mãos, sem deixar vãos ao lado e sem tocar a frente, sempre retirando ou ajustando pelas alças laterais. E o mais importante: máscaras são individuais, não empreste a ninguém.
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Crédito: Beeld © iStock
Fonte: A Tribuna – 29/11/2020
Escrito por: Júnior Batista