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Mulheres: Anticoncepcionais, não dá para evitar

4 de janeiro de 2011

Em algum momento da vida, toda mulher terá de usar um contraceptivo. Conheça os mais indicados para cada fase
No princípio, era a tabelinha. A mulher não dispunha de outro artifício para evitar uma gravidez fora de hora. Por isso, os filhos se enfileiravam formando uma escadinha. No início da década de 1960 veio a redenção: foi inventada a pílula anticoncepcional e a mulher passou a ser dona de seus óvulos. Já havia a camisinha, claro, mas seu uso dependia mais do homem que da mulher. E a utilização desse contraceptivo só se popularizou mesmo na década de 1980 como uma forma de proteção contra as doenças sexualmente transmissíveis, principalmente contra o vírus HIV. Nesses últimos anos, várias pílulas novas surgiram e novos métodos se somaram a ela: DIU, diafragma, adesivos, injeções, etc.
Hoje, o casal bem informado escolhe quantos filhos quer ter e quando, causando uma inversão total no quadro: com os métodos disponíveis, mulheres adiam tanto a maternidade que, quando decidem que finalmente querem um filho, não conseguem engravidar. Na década de 1960, cada mulher tinha cerca de seis filhos e, em 2009, segundo a Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) a taxa caiu para 1,9. É bom ser dona do destino e definir a hora de ser mãe, mas para não comprometer a saúde, é preciso escolher o método certo. “Deve-se levar em conta a idade da mulher, as doenças associadas e seu modo de vida”, diz a ginecologista Rosa Maria Neme, diretora do Centro de Endometriose de São Paulo.
E isso não se faz sozinha. Escolher o contraceptivo por conta própria implica em grande risco. “É preciso saber como fazer a transição de um método para outro, ou pode acontecer uma gravidez indesejada”, diz Rosa. Além disso, somente um especialista é capaz de dizer qual é o mais indicado e identificar os efeitos colaterais. Os contraceptivos devem ser considerados medicamentos, e a automedicação nunca é recomendada. Veja a seguir as melhores opções para cada fase da vida.
No dia seguinte: entenda o que faz a pílula
A pílula do dia seguinte ainda causa alguma polêmica porque muitos a consideram abortiva. Mas, na verdade, ela age antes que a gravidez ocorra. Tomada até 72 horas depois da relação sexual, ela provoca uma descamação na parede do útero que impede a fixação de um possível óvulo fecundado. Mas se não for tomada dentro desse período, pode não fazer efeito.
O medicamento só deve ser comprado com receita médica e os efeitos colaterais costumam ser acentuados, como náuseas e dores de cabeça fortes. Por isso, deve ser usada apenas como uma forma de contracepção de emergência. Além disso, sua eficiência pode ser menor do que a pílula convencional, que é de 99%. Se tomada até 24 horas, a chance de engravidar é de 1%, mas sobe para 5% em 72 horas.
Não escolha o anticoncepcional por conta própria. Lembre-se de que ele é um medicamento e a automedicação nunca é recomendada.
Na adolescência
Não existe idade mínima recomendada para a utilização de pílulas, embora alguns estudos contraindiquem seu uso na adolescência por aumentar o risco de câncer de mama no futuro. Mas isso não está absolutamente comprovado. E a necessidade de evitar uma gravidez indesejada costuma compensar os riscos.
A pílula é a mais apropriada, mas o médico deve definir qual, dentre as disponíveis no mercado, é mais indicada para o perfil clínico.
Além da contracepção, a pílula melhora a pele e reduz as cólicas, o sangramento e os sintomas de TPM. “Nessa fase é indicado que a pílula seja acompanhada por um método de barreira, ou seja, a camisinha. Isso melhora a eficácia da contracepção e protege da contaminação por DSTs, como sífilis, gonorreia, HIV e HPV”, diz o ginecologista e obstetra Afonso Nazário, chefe do departamento de Ginecologia da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).
Para quem não tem parceiro fixo
“Uma boa escolha é associar mais de um método de barreira, como o diafragma e a camisinha”, diz Nazário. Com o diafragma não há uso de hormônios que, para algumas mulheres, provocam efeitos colaterais como inchaço e dores de cabeça.
A camisinha concede proteção contra as DSTs. E os dois métodos associados, se usados corretamente, garantem uma eficácia de 100% contra a gravidez.
Quem quer ter filho logo
Pode ser qualquer um deles, até mesmo a pílula. “Existe um mito de que o uso da pílula por longos períodos compromete a fertilidade da mulher, mas isso não é verdade. Assim que a mulher para com a pílula volta a ter ciclos ovulatórios e pode engravidar”, diz Marcello Valle, ginecologista especializado em reprodução humana, da Clínica Origem (RJ). O que dificulta a gravidez é o avançar da idade.
Se a mulher tomar pílula por 15 anos – digamos, dos 20 aos 35 – poderá não engravidar porque sua taxa de fecundidade diminuiu, não por causa da pílula. Mesmo com tudo ok com a fertilidade, é aconselhável que a mulher evite engravidar por três meses depois da suspensão da pílula. “Embora exista a possibilidade de gravidez imediata, pode haver um pequeno risco de abortamento porque o endométrio (mucosa interna do útero) pode ainda não ter voltado ao normal para receber o óvulo fecundado”, diz Nazário.
Quem já teve filho e não quer engravidar novamente
“Existem pílulas específicas para serem usadas durante a amamentação, com dosagem menor, e que não fazem mal ao bebê”, diz Valle. Enquanto amamenta, a chance de a mulher engravidar é pequena, mas não pode ser desprezada. “Depois de passada essa fase, a mulher pode retomar o método que usava antes da gravidez”, completa Valle. Mas com um ou mais filhos pequenos, e tantas tarefas na cabeça, a mulher muitas vezes pode se esquecer de tomar a pílula. “Por isso, muitas vezes costumo indicar o DIU, implantes ou métodos injetáveis”, diz Nazário.
Mulheres no climatério
“As pílulas de baixa dosagem são uma boa opção para mulheres que já apresentam sintomas do climatério, mas ainda menstruam e, portanto, têm chance de engravidar. Após a menopausa – ou seja, a parada total da menstruação – não há mais necessidade do uso de anticoncepcional”, diz Valle. “Mas nessa fase é especialmente importante que as fumantes evitem os anticoncepcionais com estrógeno sintético”, lembra Nazário. A associação desse hormônio com cigarro aumenta a chance de trombose e pode ser especialmente nociva no climatério, quando o organismo começa a perder a proteção dos hormônios femininos.

Fonte: V

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