Em audiência de mediação no Ministério Público do Trabalho, solicitada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro e realizada na manhã desta quarta-feira (12), em Brasília, a procuradora regional do Trabalho da 10ª Região, Ana Cristina Tostes Ribeiro, solicitou ao Santander o detalhamento das informações sobre as demissões efetuadas em novembro e dezembro em todo país, bem como cópia das informações prestadas mensalmente ao Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) em 2012.
O prazo concedido ao banco foi de 24 horas, quando os documentos apresentados serão disponibilizados para a confederação se manifestar igualmente no mesmo prazo.
Após esse período de 48 horas, a procuradora examinará os documentos juntados pelas duas partes para então definir um posicionamento e as medidas que serão tomadas no âmbito do MPT. Um das possibilidades é o ajuizamento de uma ação civil pública contra o Santander.
O advogado do Santander repetiu o discurso do banco de que as demissões ocorridas estão “dentro da normalidade”, informando que foram mil dispensas em dezembro e que não haverá outras nesse mês.
Não foi marcada nova audiência de mediação no MPT por causa da posição intransigente do Santander, que não aceitou discutir a reversão das dispensas efetuadas.
Fonte: Contraf