Contratações, prioridade na vacinação contra a Covid-19 foram pauta em reunião com Fausto Ribeiro
A sinalização de uma relação de abertura, diálogo e proximidade por parte do novo presidente do Banco do Brasil, Fausto Ribeiro, marcou a primeira reunião realizada entre a direção do banco e a representação dos trabalhadores, ocorrida na terça-feira (25), em Brasília. Os sindicalistas participaram da reunião presencialmente, respeitando-se rigorosamente todos os protocolos de segurança.
Logo no início da reunião, o presidente do BB disse que o respeito aos funcionários vai prevalecer na sua gestão e que as portas para o movimento sindical estarão abertas.
Contratações
O primeiro assunto tratado foi sobre a contratação urgente de mais funcionários, principalmente diante do cenário de colapso constatado nas agências em todo o Brasil.
A reestruturação implantada com os desligamentos impactaram diretamente no ambiente de trabalho. Os funcionários estão sobrecarregados e precisa contratar por meio de concursos imediatamente, disseram os sindicalistas. “Os bancários estão adoecendo por falta de pessoal e acúmulo de serviços”, diz Eneida Koury, presidente do Sindicato dos Bancários de Santos e Região.
Vacina, já!
A inclusão da categoria no Plano Nacional de Imunização (PNI) contra a Covid-19 foi outro ponto tratado na reunião.
A representação dos funcionários cobrou posicionamento da direção do Banco do Brasil no sentido de atuar junto ao governo para assegurar a priorização dos bancários no PNI. O presidente do BB, disse que vai buscar a priorização dos bancários.
Segundo levantamento realizado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), no primeiro trimestre de 2021 houve 176% mais mortes na categoria, na comparação com o mesmo período de 2020.
O movimento sindical nacional dos bancários e a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) solicitaram ao Ministério da Saúde inclusão da categoria bancária no Plano Nacional de Imunização (PNI) contra a Covid-19, seguindo os passos do Sindicato dos Bancários de Santos e Região.
“O governo não se sensibilizou com o reforço de pedidos do movimento sindical nacional, seguido pela Fenaban e deputados. Enquanto isso a categoria segue exposta ao vírus. Não dá para entender que o governo considere-a como essencial, mas não prioritária na vacinação. Nossa luta sempre será incessante”, finaliza Eneida.
Defender o banco público
Os debates também giraram em torno da importância de se manter o Banco do Brasil como instituição pública de fomento e como agente de desenvolvimento socioeconômico brasileiro, ainda mais diante de uma conjuntura em que os bancos públicos vêm mostrando a sua relevância e papel diferenciados.
Crédito: Fernando Diegues
Fonte: SEEB de Brasília, Contraf e SEEB de Santos e Região