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Movimento Sindical defende negociação coletiva e cobra da Fenaban mais proteção à categoria contra o coronavírus

14 de abril de 2020

Exigimos que os bancos adotem o protocolo de agendamento de atendimento, por considerar as informações das autoridades de saúde brasileiras de que a curva de contágio do coronavírus aumentaria nas próximas semanas, além de proteger os bancários que têm sido agredidos ao tentar orientar a população nas filas

Dando continuidade às negociações para discutir a ampliação de medidas para o enfrentamento da pandemia provocada pelo novo coronavírus, a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) informou ao Comando Nacional dos Bancários, em reunião por videoconferência nesta segunda-feira (13), que mais de 55% da categoria trabalha em regime de home office e anunciou a antecipação da campanha de vacinação contra a gripe, a partir desta terça-feira (14). A vacinação começará pelos prédios da cidade de São Paulo, priorizando os locais onde é maior o risco de contaminação.

 

Além disso, os representantes dos bancários garantiram para os locais de trabalho a instalação de anteparos físicos e de proteção facial, além de outros equipamentos de proteção individual. Por outro lado, o Comando Nacional reforçou que é preciso incluir no grupo de risco lactantes e mães com filhos pequenos de até 2 anos de idade.

 

Sobre as grandes as filas e aglomerações vistas nos últimos dias, dada a grande procura de clientes e usuários pelo auxílio emergencial do governo, os bancários reforçaram a reivindicação para que os atendimentos se deem por agendamento, evitando assim grande concentração de pessoas. Os bancos pediram mais uma semana para resolver o problema das filas e informaram que adotariam contratação de seguranças para fazer a organização.

 

Reiteramos a exigência de os bancos adotarem o protocolo de agendamento de atendimento, por considerar as informações das autoridades de saúde brasileira de que a curva de contágio do coronavírus aumentaria nas próximas semanas, além de proteger os trabalhadores que têm sido agredidos ao tentar orientar a população nas filas.

 

A Fenaban informou ainda que os bancos colocarão seguranças para organizar as filas nas agências munidos dos EPIs necessários.

 

Segundo dados repassados pela própria Fenaban, mais de 40 milhões de pessoas, do total de 55 milhões, já foram atendidas ou cadastradas para receber a renda emergencial do governo, e mais de 17 milhões de aposentados e pensionistas foram atendidos na última semana em toda a rede bancária.

 

Realização de testes em massa

 

Atendendo a pedido do Comando, os bancos ficaram de avaliar a demanda pela realização de testagem rápida na categoria para a detecção do coronavírus, para que os funcionários possam ser eventualmente diagnosticados e de forma adequada.

 

Aplicação da MP 927

 

Outro ponto bastante debatido na reunião foi a implementação da Medida Provisória 927 pelos bancos. Cobramos o respeito à Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) e à negociação coletiva. A MP 927 dá plenos poderes aos patrões para determinar de que forma se darão itens importantíssimos da relação de trabalho. Coloca o ônus da pandemia nas costas do trabalhador, sendo mais um golpe do governo Bolsonaro na classe trabalhadora, já que, retirando a necessidade de negociação prévia com os sindicatos, impõe unilateralmente ou por acordo individual o teletrabalho, a redução de jornada, a antecipação de férias, o banco de horas e a suspensão do contrato de trabalho, para ficarmos apenas em alguns pontos da medida.

 

Bancários podem colaborar com o Sindicato

 

Atento ao recado das autoridades de saúde de que o pico da contaminação pela Covid-19 se dará nas próximas semanas, alertamos para que os bancários devem exigir dos bancos o cumprimento de todos os pontos assegurados até aqui com a Fenaban, como, por exemplo, a utilização de equipamentos de proteção individual (EPIs), sem deixar de comunicar à entidade sindical os descumprimentos das medidas de segurança.

 

A seguir, as informações a serem monitoradas e exigidas dos bancos por parte da categoria:

 

Existem cartazes afixados contendo orientações para os clientes?

 

Agência fixou qual a quantidade máxima de clientes aguardando atendimento dentro da agência?

 

Há controle da quantidade de clientes aguardando atendimento dentro da agência?

 

Atendimento ao público na agência assegura distância mínima de dois metros entre todas as pessoas?

 

Foi verificada ocorrência de aglomerações de clientes à espera de atendimento tanto dentro da agência quanto para o autoatendimento?

 

Todos os funcionários, terceirizados e prestadores de serviço dispõem e trabalham com os equipamentos de proteção individual (EPI), como máscaras e álcool em gel 70%, doados pelo banco?

 

O banco organizou escala de revezamento de dia ou horário de trabalho entre os funcionários?

 

Há nas equipes de trabalho pessoas consideradas do grupo de risco, como idosos, gestantes, lactantes, autodeclarados (coabitação – demais situações)?

 

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Crédito: Fabiano Couto
Fonte: Seeb Brasília – 13/04/2020
Escrito por: Renato Alves

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Publicado por: Fabiano Couto

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