Em rodada de negociação, bancários exigiram contratações, fim do GDP, reversão de ações antissindicais, crescimento do banco público, entre outras reivindicações
Mais empregados, fim do GDP (Gestão de Desempenho de Pessoas); comissão para rever o PSI (Processo Seletivo Interno); e revogação do desconto dos trabalhadores que aderiram ao Dia Nacional de Luta contra o PL da Terceirização. Estas foram as reivindicações apresentadas à Caixa pelos integrantes da Comissão Executiva dos Empregados (CEE), na rodada de negociação permanente, realizada nesta quarta-feira 22, em Brasília.
Contratações
De dezembro de 2014 a março de 2015 houve saldo negativo de 1.188 postos de trabalho na Caixa, sendo que no mesmo período foram abertas 10 agências, evidenciando a urgência de aumentar o quadro de empregados. No ano passado, a Caixa se comprometeu com a contratação de dois mil trabalhadores. Já existia essa deficiência, agravada com a saída de bancários que aderiram ao Programa de Apoio à Aposentadoria.
Na negociação, o banco informou que ainda não decidiu sobre a retomada das contratações, mas disse que cumprirá o acordo de 2014.
Fim do GDP
No encontro, os trabalhadores voltaram a exigir o fim da Gestão de Desempenho de Pessoas. A GDP foi imposta de forma unilateral e contribui para a precarização das relações de trabalho, por meio da cobrança individualizada de metas e incentivo à concorrência entre bancários. Entretanto, em resposta, o banco informou que irá manter a implantação do programa, que desde 1º de julho funciona nas gerencias médias e até 2016 deve ser ampliado para cobrar metas pessoais de todos os empregados. Ao não rever a GDP, o banco fere a cláusula 56 da CCT (Convenção Coletiva de Trabalho).
Revisão do PSI
Após muita luta, os trabalhadores conseguiram a alteração da política de promoções da Caixa, substituindo nomeações das chefias pelo Processo Seletivo Interno que, na teoria, deveria garantir condições justas para a ascensão profissional. Porém, após diversas alterações sem consulta aos funcionários, o mesmo perdeu a objetividade, lisura e transparência.
A prova para o banco de habilitados, parte do PSI, possui diversos problemas: conteúdos que não constam no edital; questões mal formuladas; não divulgação do gabarito; impedimento de recursos por parte dos trabalhadores; além do fato de ser feita nos locais de trabalho, prejudicando sua lisura.
Na mesa de negociações, o banco novamente frustrou os trabalhadores ao recusar a criação da comissão para debater formas do PSI ser mais justo e eficiente na identificação de talentos pela própria Caixa.
Fonte: Seeb SP