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Caixa Econômica Federal

Movimento sindical cobra melhorias na Caixa

23 de julho de 2015

Em rodada de negociação, bancários exigiram contratações, fim do GDP, reversão de ações antissindicais, crescimento do banco público, entre outras reivindicações

Mais empregados, fim do GDP (Gestão de Desempenho de Pessoas); comissão para rever o PSI (Processo Seletivo Interno); e revogação do desconto dos trabalhadores que aderiram ao Dia Nacional de Luta contra o PL da Terceirização. Estas foram as reivindicações apresentadas à Caixa pelos integrantes da Comissão Executiva dos Empregados (CEE), na rodada de negociação permanente, realizada nesta quarta-feira 22, em Brasília.

Contratações

De dezembro de 2014 a março de 2015 houve saldo negativo de 1.188 postos de trabalho na Caixa, sendo que no mesmo período foram abertas 10 agências, evidenciando a urgência de aumentar o quadro de empregados. No ano passado, a Caixa se comprometeu com a contratação de dois mil trabalhadores. Já existia essa deficiência, agravada com a saída de bancários que aderiram ao Programa de Apoio à Aposentadoria.

Na negociação, o banco informou que ainda não decidiu sobre a retomada das contratações, mas disse que cumprirá o acordo de 2014.

Fim do GDP

No encontro, os trabalhadores voltaram a exigir o fim da  Gestão de Desempenho de Pessoas. A GDP foi imposta de forma unilateral e contribui para a precarização das relações de trabalho, por meio da cobrança individualizada de metas e incentivo à concorrência entre bancários. Entretanto, em resposta, o banco informou que irá manter a implantação do programa, que desde 1º de julho funciona nas gerencias médias e até 2016 deve ser ampliado para cobrar metas pessoais de todos os empregados. Ao não rever a GDP, o banco fere a cláusula 56 da CCT (Convenção Coletiva de Trabalho).

Revisão do PSI

Após muita luta, os trabalhadores conseguiram a alteração da política de promoções da Caixa, substituindo nomeações das chefias pelo Processo Seletivo Interno que, na teoria, deveria garantir condições justas para a ascensão profissional. Porém, após diversas alterações sem consulta aos funcionários, o mesmo perdeu a objetividade, lisura e transparência.

A prova para o banco de habilitados, parte do PSI, possui diversos problemas: conteúdos que não constam no edital; questões mal formuladas; não divulgação do gabarito; impedimento de recursos por parte dos trabalhadores; além do fato de ser feita nos locais de trabalho, prejudicando sua lisura.

Na mesa de negociações, o banco novamente frustrou os trabalhadores ao recusar a criação da comissão para debater formas do PSI ser mais justo e eficiente na identificação de talentos pela própria Caixa.

Fonte: Seeb SP

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Publicado por: Fernando Diegues

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