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Ministro e relator da reforma trabalhista não conseguem reeleição

8 de outubro de 2018

A reforma trabalhista foi apoiada especialmente pelos partidos MDB, PSDB, PP, DEM e PSL e aprovada na Câmara dos Deputados e no Senado Federal se tornando a Lei 13.467/2017. Em dez meses de vigência, a reforma agravou o desemprego, reduziu salários, retirou a proteção social e deu vantagens ilimitadas aos patrões.

Protagonistas da “reforma” trabalhista, que se tornou a Lei 13.467, o ex-ministro do Trabalho Ronaldo Nogueira e o relator do projeto, deputado Rogério Marinho (PSDB-RN), não conseguiram se reeleger. Deputado pelo PTB gaúcho, Nogueira recebeu 62.119 votos, enquanto Marinho teve 59.961.

 

A reportagem é da Rede Brasil Atual.

 

Empossado no Ministério do Trabalho em maio de 2016, Nogueira apresentou o projeto que chamou de “modernização” das relações trabalhistas. Ele deixou o cargo no final do ano passado, para preparar sua campanha à reeleição.

 

# Não fique só, Fique Sócio e defenda-se contra a Reforma Trabalhista!

 

A pasta ficou meses sem um titular, porque a escolhida por Michel Temer, a também deputada Cristiane Brasil, filha do presidente do PTB, Roberto Jefferson, não conseguiu assumir por impedimentos judiciais. Foi um caso inédito de “desnomeação”. O interino Helton Yomura foi efetivado – e posteriormente afastado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por suspeita de fraude. Em julho, foi nomeado Caio Vieira de Mello.

 

Em outubro de 2017, pouco antes de deixar o ministério, Nogueira, em audiência na Câmara, chegou a afirmar que a reforma permitiria a criação de 2 milhões de empregos nos próximos dois anos – até agora, nada permite avalizar essa projeção. Ele também falou de uma medida provisória do governo para “corrigir” alguns itens da lei. A MP chegou a ser enviada ao Congresso, mas nunca foi discutida e perdeu a validade.

 

Quando recebeu a relatoria, Marinho multiplicou o número de artigos da CLT, desfigurando o texto original.

 

# Especialistas criticam impacto da reforma trabalhista nos direitos sociais

 

Na segunda-feira 8, Nogueira postou mensagem em rede social, dizendo ter “62.119 motivos” para agradecer. “Tenho certeza que cumpri minha missão pensando num Brasil melhor para próximas gerações, o reconhecimento certamente virá no futuro”, escreveu.

 

Já Marinho, com boa parte da campanha financiada por empresários, defensores da nova lei trabalhista, disse que “as reformas e a modernização de nosso país já começaram e precisam continuar”. Para completar, declarou apoio ao candidato #EleNão no segundo turno.

 

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Fonte: Rede Brasil Atual, com edição SEEB SP & Vermelho.org

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