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Milhares vão às ruas contra a corrupção no sistema metroviário

17 de agosto de 2013

Acusações envolvem três governos seguidos do PSDB, inclusive o atual, de Geraldo Alkmin
 
"Doutor, eu não me engano, propinoduto é coisa de tucano", cantavam em coro os 3 mil manifestantes no ato realizado nesta quarta-feira, 14. Desde que veio à tona as acusações de formação de cartel montado por diversas empresas em conluio com gestões do Governo do Estado de São Paulo, a Fenametro, Sindicato dos Metroviários, MPL, Intersindical, entre outras entidades se empenham em denunciar amplamente os desvios que chegam na casa dos R$ 425 milhões, segundo diversas reportagens.
 
Partindo do Vale do Anhangabaú, onde uma bandeira gigante foi pendurada sob o viaduto, a manifestação fez passagens em três locais diretamente ligados ao escândalo: no Ministério Público Estadual, Tribunal de Contas do Estado de São Paulo e, por fim, na Secretaria dos Transportes Metropolitanos do Estado, onde representantes do Sindicato dos Metroviários, Fenametro e Ferroviários entregaram uma carta com reivindicações.
 
Todo o esquema teve início em 1995, ainda no Governo Mário Covas e se estendeu para seus sucessores José Serra e o governador atual, Geraldo Alckmin. Todos pertencem ao mesmo partido, PSDB. Nestes dezoito anos as empresas Siemens, de origem alemã, a francesa Alstom, a canadense Bombardier, a espanhola CAF e a japonesa Mitsui se articulavam para ganhar licitações onde, quando uma recebia o direto a se responsabilizar pelo serviço, esta mesma subcontratava as demais.
 
Com a denúncia por parte da Siemens – visando se isentar de penalidades judiciais – revelou-se muitos contratos vencidos com superfaturamento de até 30% para serviços de manutenção, aquisição de novos trens e realizações de obras de expansão ferroviária.
 
Festa com dinheiro público e sufoco nos transportes
 
Durante estes dezoito anos enquanto a enorme verba foi desviada quase nada se avançou na qualidade e ampliação dos transportes públicos. Com os valores desviados com certeza a população poderia pagar valores menores nas tarifas – tendo maior proximidade com o projeto de tarifa zero –, assim como ter a integração da EMTU com o transporte municipal.
 
A ampliação do funcionamento e da malha da rede metroviária e ferroviária, também são alguns pontos que poderiam ter recebido avanços.
 
Por um transporte público de qualidade: As ruas pedem fora Alckmin! 

Fonte: INTERSINDICAL

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