O Banco do Brasil já divulgou o lucro líquido relativo ao primeiro trimestre de 2011: 2,932 bilhões de reais, um crescimento de 24,7%, comparado ao mesmo período em 2010. Além disso, a empresa também anunciou a compra do banco estadunidense EuroBank e do Banco Patagônia e está abrindo diversas agências mundo afora, inclusive a primeira unidade na China, instalada em Xangai.
Mas enquanto o BB faz um alto investimento em propaganda e em ações no exterior, a aplicação de recursos na melhoria das condições de trabalho para seus funcionários e no atendimento aos clientes fica cada vez mais a desejar. Para atingir grandes lucros, a empresa continua explorando seus trabalhadores com uma política de metas inatingíveis e de pressão constante, que, muitas vezes, é transformada em assédio moral. E com a implementação do BB 2.0, a direção do BB amplia um modelo de gestão voltado para a elitização e segmentação dos clientes.
No Banco do Brasil, a pessoa física com rendimento abaixo de 2 mil reais é empurrada para o auto-atendimento e a abertura de conta feita por terceirizados. O atendimento à pessoa jurídica com perfil de pequena empresa também está em extinção. Embora a demanda seja muito grande, não há pessoas suficientes para fazê-lo, e, principalmente, não há uma política de acolhimento desse público, que é alocado no famoso “carteirão”.
Fonte: S