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Médicos da Baixada Santista explicam os riscos da nova Délmicron

29 de dezembro de 2021

Dependendo do tipo de combinação que um vírus supervariante pode ter como característica, o efeito pode ser devastador ou não, dizem médicos especialistas

A Délmicron, nova supervariante da covid-19 identificada em alguns países, pode já estar no País, mas ainda não ter sido identificada: “É preciso esperar mais relatos para confirmação. Nos Estados Unidos e Europa há um maior respeito pela pesquisa, qualquer mínimo sinal de algo diferente eles já correm para tentar descobrir o que está acontecendo, diferente daqui “, diz a médica Elizabeth Dotti, infectologista da Baixada Santista.

 

Segundo ela, depende do tipo de combinação que um vírus supervariante pode ter como característica, o efeito pode ser devastador.

 

“Seria uma mistura perfeita para um cenário. Algo tipo Fukushima, no Japão (quando houve vazamento nuclear em 2011 e quase 20 mil pessoas morreram). Uma somatória de características das duas cepas é possível, pois é uma mutação, e o resultado é imprevisível”, explica.

 

A médica ressalta, no entanto, que a favor do Brasil está o fato de termos um número grande de pessoas vacinadas, mesmo em comparação com Estados Unidos ou países da Europa.

 

Ainda é cedo

O médico infectologista Ricardo Focaccia acredita que o momento é ainda um pouco especulativo. “Creio que é cedo para conhecermos qual a importância dessas variantes associada. Ela é o que uma OMS (Organização Mundial da Saúde) classifica como Variante de Interesse e não Variante de Preocupação”.

 

“Há muitas outras que não conseguiram se disseminar e causar a doença mais grave. Seria melhor se a Ômicron prevalecesse, porque é mais benigna. Poderia ser o começo do fim da pandemia”, afirma Focaccia.

 

Previsível

Para o infectologista Marcos Caseiro, os casos de recombinação são até previsíveis. “Quando um vírus permanece no corpo de uma pessoa infectada por um tempo, ela entra em contato com um novo vírus, ele insere o seu RNA no anterior gerando uma recombinação. E ela (mutação) normalmente é uma incógnita, pois existe uma imprevisibilidade, já que suas características podem ser diferentes “, explica.

 

Caseiro diz que caso semelhante acontece com o HIV, o vírus da Aids. “O infectado tem o vírus presente no organismo por tempo prolongado e é comum esse tipo de recombinação. O Influenza também já existe e possivelmente todos temos, pois é o vírus da gripe”.

 

O infectologista ressalta que o contato com um novo vírus, portanto, pode produzir a recombinação e gerar características novas, mas, segundo ele, “todas as recombinações tentam ‘fugir’ da vacina, atuando de forma que ela pode não funcionar”, conta.

 

No Brasil, segundo o especialista, menos de 2% do coronavírus teve seu DNA sequenciado. “Diferente de países como Estados Unidos, França, Inglaterra ou mesmo a África do Sul. E o sequenciamento é o único jeito de identificar essas variantes”. Caseiro diz que, por isso, é até possível que a Délmicron ou mesmo outras variantes podem já estar no País.

 

Perigo à vista

“Em janeiro é muito provável que tenhamos um aumento significativo de casos. Uma população flutuante durante a temporada de verão vai contribuir muito para isso”, alerta o Caseiro.

 

De acordo com ele, jovens podem ser vetores e não apresentarem sintomas ou terem alguns mais níveis, mas podem conduzir o vírus a pessoas imunossuprimidas ou em grupos de maior risco. “Vacina, máscara e distanciamento social ainda são a melhor forma de evitar a propagação de qualquer variante”, finaliza o médico.

Crédito: Prefeitura de Santos
Fonte: A Tribuna de Santos
Escrito por: Jean Marcel

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Publicado por: Gustavo Mesquita

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