A Caixa Econômica Federal inicia nesta quinta-feira (10) um plano de reestruturação das suas atividades. O anúncio foi feito pela presidenta do banco, Miriam Belchior, durante reunião com representantes dos trabalhadores, em Brasília (DF). O movimento sindical criticou o posicionamento da empresa que, mais uma vez, adota medidas de forma unilateral sem ouvir os empregados.
Segundo informações de participantes da reunião, foi um encontro muito rápido, no qual foram apresentados os eixos estruturantes e os objetivos da empresa, sem fazer detalhamentos. Não houve nem debate e negociação.
Transparência e diálogo
O foco do movimento sindical é o emprego e o respeito aos trabalhadores, e a defesa da Caixa 100% pública. Durante o encontro com Miriam Belchior, as representações dos trabalhadores cobraram mais transparência e diálogo da direção da Caixa. O banco tem descumprido pontos acordados na campanha salarial e na mesa de negociação permanente como a contratação de mais empregados, redução da coparticipação do Saúde Caixa e definição sobre o retorno do adiantamento odontológico, entre outros.
Desde o ano passado os trabalhadores têm cobrado esclarecimentos na mesa permanente sobre a reestruturação, e a resposta dos interlocutores foi sempre a mesma: está em estudo. Eles também se negaram a debater o tema. É preciso mais transparência e diálogo por parte da empresa.
Adequação
O modelo de reestruturação começou a ser elaborado no final de novembro de 2015. Pelo pouco que se sabe até o momento, as mudanças vão começar pela matriz e filiais e, posteriormente, se estenderão para as agências. O prazo de conclusão é 15 de abril. As mudanças, segundo Miriam Belchior, visam adequar o banco ao atual cenário econômico e torná-lo mais eficiente e competitivo.
Atendendo reivindicação dos trabalhadores, Miriam Belchior concordou em realizar encontros semanais com os representantes das entidades do movimento sindical e associativo para avaliar os impactos do plano de reestruturação.
Fonte: Com informações da Fenae