Levantamento divulgado em 05 de janeiro, indica que mais da metade dos entrevistados não concordam com carros-chefe da agenda econômica do atual governo, como privatizações e redução de leis trabalhistas.
De acordo com pesquisa Datafolha divulgada neste sábado (5), 61% dos brasileiros são contra privatizações e 57% contra redução das leis trabalhistas, duas das agendas que elegeram o presidente Jair Bolsonaro (PSL) e grande parte de governantes e legisladores liberais no restante do país.
Questionados se o governo deve privatizar o maior número possível de estatais, a maioria dos entrevistados se mostrou contrária à agenda proposta pelo ministro da Economia, Paulo Guedes: 44% discordam totalmente da medida, enquanto outros 17% discordam parcialmente.
Outros 19% concordam totalmente com as privatizações e 15% concordam parcialmente. Enquanto 5% não souberam ou quiseram responder, o 1% restante não concorda nem discorda da agenda.
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A maioria dos entrevistados também se posicionou contrário à redução das leis trabalhistas: 57% são contra a medida. Destes, 43% discordam totalmente e 14% parcialmente. Dentre os que concordam com a nova legislação, 22% concordam totalmente e 17% parcialmente. Os que não souberam ou quiseram responder são 5%.
Já em relação à diferença salarial entre homens e mulheres, metade dos ouvidos acha que a responsabilidade é das empresas e não do governo: 38% concordam totalmente que as companhias devem atuar no problema, enquanto 12% concordam parcialmente.
Entre os que acreditam que o governo precisa interferir na questão, 34% apoiam totalmente a ação e 13% apoiam parcialmente. Os que não souberam ou quiseram responder e os que não concordam nem discordam representam 1% cada. Em fevereiro de 2015, o então deputado federal Jair Bolsonaro afirmou que mulheres deveriam ter salários menores porque engravidam e ficam afastadas pela licença-maternidade.
A pesquisa Datafolha foi realizada entre 18 e 19 de dezembro e ouviu 2077 pessoas em 130 cidades. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.
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Fonte: Congresso em Foco