lucro do trimestre foi impactado pela redução de 10,8% do custo do crédito e pelo aumento de 4% na receita de serviços no trimestre
O Itaú teve aumento do lucro no 3º trimestre, uma vez que menores despesas ligadas a calotes e maior receitas com tarifas compensaram com sobras uma nova redução das operações do crédito.
O maior banco privado do país anunciou nesta segunda-feira,30, que seu lucro recorrente do período somou R$ 6,254 bilhões, alta de 11,8% sobre um ano antes e de 1,4% na comparação seqüencial. Em termos líquidos, o lucro somou R$ 6,077 bilhões, alta de 1,05% sobre o trimestre imediatamente anterior e de 12,66% ano a ano.
A linha do balanço que mede os gastos do banco com perdas por empréstimos de má qualidade, chamada custo de crédito, foi de R$ 3,99 bilhões, valor 10,8% menor na base sequencial e 28,5% mais baixo que o registrado na mesma etapa de 2016. A despesa com provisão para calotes desabou 30,6% na comparação anual.
O índice de inadimplência, medido pelo saldo de operações vencidas com mais de 90 dias em relação à carteira total, ficou em 3,2%, estável sobre o trimestre anterior e com queda de 0,7 ponto percentual contra mesmo intervalo do ano passado.
Um indicador antecedente sobre o comportamento esperado da inadimplência nos próximos meses, o NPL, apontou declínio pelo 4º trimestre seguido, recuo de 35,2% em 12 meses.
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Em outra frente, as receitas do banco com tarifas e seguros cresceram 3,7% e 5% nas bases sequencial e anual, respectivamente, para R$ 9,845 bilhões. A fatia dessa linha no chamado produto bancário atingiu 37%, o pico em dois anos.
Por fim, o Itaú teve queda de 4,5% das despesas administrativas, a R$ 11,82 bilhões, movimento puxado sobretudo pelo recuo de 14,4% das despesas de pessoal.
Com isso, o banco conseguiu compensar o novo declínio na carteira de crédito. O estoque de empréstimos, incluindo garantias e títulos privados, fechou junho em R$ 575,2 bilhões, queda de 1,3% em três meses e de 4,4% sobre o fim do primeiro trimestre de 2016.
Além do menor volume de empréstimos, o banco também viu uma contração de 2,2% na margem financeira com clientes, refletindo principalmente os efeitos da queda da Selic e o impacto da nova regulamentação de cartões de crédito, que pressionou os ganhos nas operações com o rotativo.
A contração do crédito do Itaú foi na contramão do Santander Brasil, que na semana passada anunciou aceleração do crédito com um dos pilares para aumento do lucro trimestral.
O Itaú, que na quinta-feira obteve aval final do Banco Central para aquisição das operações de varejo do Citi no país, fechou o 3º trimestre com um nível de rentabilidade sobre o patrimônio líquido de 21,6%, alta de 0,1 ponto na base sequencial e de 0,7 ponto sobre um ano antes.
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Crédito: Fabiano M. Couto
Fonte: Época