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Lucro do Banco do Brasil chega a R$ 8,7 bilhões no 1º semestre

9 de agosto de 2019

Não existe razão para o desmonte do banco, que está sendo promovido pelo governo

O Banco do Brasil obteve um lucro de R$ 8,679 bilhões no primeiro semestre de 2019, crescimento de 38,5% em relação ao mesmo período do ano anterior, segundo análise elaborada pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). A rentabilidade do banco chegou a 14,9%, ante 11,5%, na comparação entre os mesmos períodos.

 

A utilização de créditos tributários por parte do Banco do Brasil também contribuiu para melhorar o resultado, já que nesse semestre o banco gastou R$ 1,6 bilhão a menos com tributação sobre o lucro.

 

O resultado teve um impacto significativo em decorrência do aumento de 24,4% no resultado de intermediação financeira, que cresceu em função da redução de 87% nas despesas com operações de empréstimos, cessões e repasses, sob influência da redução de despesas com recursos captados no exterior e de provisão para devedores duvidosos, que caíram 11,6%.

 

Não existe razão para o desmonte do banco, que está sendo promovido pelo governo. Os funcionários trabalham duro para fazer com que o Banco do Brasil seja uma empresa lucrativa, que contribui com dividendos para Tesouro Nacional. 

 

Nos últimos doze meses, o BB reduziu 1.507 postos de trabalho, e chegou a 96.168 funcionários. Apenas nos últimos 3 meses o banco reduziu 399 postos de trabalho. Além da redução de postos de trabalho, de junho de 2018 a junho de 2019 houve uma redução do número de agências. São 48 unidades a menos no período.

 

Tarifas X empregos

As receitas de tarifas e prestação de serviços tiveram alta de 6,6%, chegando a R$ 14,2 bilhões no semestre, o que permite ao banco cobrir 126% do total de suas despesas de pessoal, incluindo os valores da Participação nos Lucros e/ou Resultados (PLR).

 

Mesmo tendo grandes lucros com essas receitas secundárias, o banco segue o desmonte de sua estrutura com fechamento de agências e redução de pessoal. São práticas que geram ainda mais sobrecarga aos trabalhadores e a população é penalizada pela precarização do atendimento.

 

A precarização do atendimento é parte da estratégia neoliberal, que visa prejudicar a imagem dos serviços públicos para minimizar a resistência à privatização.

 

 

Carteira de crédito

A carteira de crédito totalizou R$ 686,6 bilhões, queda de 0,4% em relação a junho de 2018.

 

A carteira pessoa física cresceu 7,8% em relação a junho de 2018 (+R$ 14,7 bilhões), fruto do desempenho positivo em crédito consignado (+R$ 6 bilhões), em empréstimo pessoal (+R$ 4,8 bilhões) e financiamento imobiliário (+R$ 2,5 bilhões).

 

Já a carteira de crédito pessoa jurídica retraiu 7,8% em relação a junho de 2018, principalmente no segmento de grandes empresas.

 

O índice de inadimplência (relação entre as operações vencidas há mais de 90 dias e o saldo da carteira de crédito classificada) alcançou 3,25% em junho 2019. Ao desconsiderar o efeito de um caso específico no segmento de pessoa jurídica agronegócio o índice seria de 2,61%.

Fonte: Contraf

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