Assine o abaixo-assinado contra a cava subaquática e compartilhe as informações sobre o assunto, que atinge toda a população da região
A população da Baixada Santista está em risco de, mais uma vez, sofrer as consequências de um “acidente” ambiental causado pelos interesses de empresas. Desta vez o problema é o uso de um grande buraco, chamado cava subaquática, onde serão colocados sedimentos quimicamente contaminados que podem se misturar no mar e se espalhar por toda a região. Segundo especialistas ambientais, entre os elementos há produtos cancerígenos.
Diversas entidades e movimentos, incluindo o Sindicato dos Bancários de Santos e Região, são contra a criação de cavas subaquáticas (Unidade de Disposição Confinada – UDC), e têm organizado manifestações, debates e acionado a justiça. Há ainda um abaixo-assinado na internet exigindo a retirada do lixo tóxico do local. As cavas são verdadeiros lixões químicos submarinos, cemitérios de compostos químicos tóxicos que afetarão todos e todas.
17 milhões de metros cúbicos
O grande buraco no Canal Piaçaguera fica de frente para a Ilha das Cobras, nas imediações do largo do Casqueiro, em Cubatão. Ele mede 400 metros de diâmetro e 25 metros de profundidade (aproximadamente 17 milhões de metros cúbicos).
A cava subaquática tem relação direta com a dragagem do canal do porto, cujo objetivo é aumentar a profundidade do canal para navegação de navios maiores. Porém, parte dos sedimentos retirados do fundo do Canal de Piaçaguera é contaminada por poluentes gerados pela produção industrial daquela região. A intenção é jogar o material dragado dentro da cava.
De acordo com laudo técnico assinado por dois engenheiros, um biólogo e um oceanógrafo, as irregularidades começam na expedição das licenças ambientais. Elas abrem caminho para o despejo de material “com altíssimas concentrações de poluentes tóxicos e carcinogênicos”.
O estudo aponta também que há “forte possibilidade de dispersão da UDC (cava) para a superfície d’água”, causando contaminação não só do mar, mas das áreas de mangue e as respectivas fauna e flora que compõem aquele ecossistema.
A análise conclui que ao deixar de buscar mecanismos para conservação e uso sustentável do ecossistema, as empresas envolvidas na implantação da cava estão “impondo de imediato um passivo ambiental e riscos associados irreversíveis”.
É muito importante ampliar a informação e mobilização da população sobre a questão da cava subaquática. É a saúde e a vida dos moradores da Baixada Santista, e das futuras gerações, que estão em jogo!
Fonte: Imprensa Seeb Santos e Região com Ecel Ambiental, Diário do Litoral e G1