Três senadores recuaram e retiraram seus nomes para abertura da CPI do MEC e tudo indica por pressão do Palácio do Planalto. A CPI tem por objetivo investigar suposta corrupção na pasta e pedidos de propinas inclusive em barras de ouro para pastores amigos do presidente
O fim de semana viu a possibilidade de instauração de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), para investigar um suposto esquema de favorecimento no Ministério da Educação, se tornar mais distante.
Oriovisto Guimarães (Podemos-PR), Styvenson Valentim (Podemos-RN) e Weverton (PDT-MA), nomes que estavam no rol de 27 assinaturas em prol da CPI recuaram.
O apoio de 27 senadores – um terço da Casa – é necessário para que uma CPI seja instalada. A imprensa denunciou um esquema de favorecimento de prefeituras através da intermediação de pastores sem cargos dentro da pasta. Em troca, os religiosos receberiam propina – até mesmo na forma de barras de ouro.
O Planalto e os aliados do governo no Senado buscaram convencer parlamentares a retirarem suas assinaturas. A possibilidade de CPI é vista como extremamente prejudicial ao governo em ano eleitoral. A iniciativa para conter a oposição deve continuar.
Randolfe Rodrigues (Rede-AP) promete continuar buscando nomes em apoio à CPI.
Além disso, mesmo com 27 nomes, o presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), já afirmou que não só as assinaturas são necessárias mas também seu próprio “crivo”.
Crédito: Marcos Oliveira/Agência Senado
Fonte: recontaaí.com.br
Escrito por: Rafael Locateli