Em 11 de abril de 2014, depois de 50 anos da intervenção no Sindicato dos Bancários de Santos e Região pelos golpistas em 1964, a diretoria realizou uma sessão da Comissão Nacional da Verdade (CNV), na sede do Sindicato, com a presença do coordenador nacional do Grupo de Trabalho dos Trabalhadores da CNV, Sebastião Neto e Ivan Seixas (ex-preso político na Ditadura). Seixas integra a Comissão de Familiares de Mortos e Desaparecidos no golpe militar e a Comissão da Verdade/SP. O ato reuniu cerca de 200 pessoas, entre estudantes, representantes de centrais sindicais, aposentados, trabalhadores presos políticos e familiares de perseguidos e presos pela ditadura, militantes de partidos políticos e representantes de movimentos sociais, que assistiram vídeo mostrando depoimentos de trabalhadores e familiares que sofreram com perseguições, prisões e torturas em 1964.
A mesa foi composta pela Secretária Geral do Sindicato dos Bancários de Santos e Região, Eneida Koury; Ricardo Saraiva Big, Presidente do Sindicato dos Bancários e Secretário de Relações Internacionais da Intersindical – Central da Classe Trabalhadora; Ivan Seixas; Sebastião Neto; Manoel Gabeira, da direção nacional da Intersindical; e Washington Carregosa, ex-diretor do Sindicato dos Bancários de Santos e Região preso no golpe civil militar de 1964, que narrou como foi preso trabalhando na agência do Banco do Brasil, na rua XV de Novembro, centro de Santos.
Jovens do grupo da Companhia Teatral Arcádia e sua diretora Virgínia Nascimento vieram prestigiar com camisetas da peça teatral “Ditadura – Cárcere de Ideias”.
Na ocasião, também foi lançada a revista: A “perigosa” unidade dos trabalhadores na “Moscou Brasileira”, que aborda a organização dos trabalhadores no Fórum Sindical de Debates, o Navio Prisão Raul Soares e como a ditadura atingiu a categoria perseguindo-a de 1944 até 1976. Ao final todos cantaram de pé o hino da Internacional socialista.
O Famigerado Golpe Civil Militar faz 50 anos
“É muito importante resgatar a história daqueles que foram os protagonistas da luta de classe. A cidade de Santos foi fundamental nesse período da história, quando havia o Fórum Sindical de Debates, instrumento para a organização dos trabalhadores. É preciso olhar para o passado para construir um futuro mais justo e igualitário”, ressaltou Big.
Crédito: Eneida Koury, secretária geral do Sindicato, faz a abertura do ato
Fonte: Imprensa SEEB Santos e Região