As seis linhas de crédito disponíveis para pessoas físicas – pesquisadas pela Associação Nacional de Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac) – apresentaram elevação de juros entre março e abril indicando taxa média anual de 150,42%, o que significa alta de 62,45 pontos percentuais. Também subiram as três modalidades destinadas a empresas, com média de 71,15% ao ano. Segundo a Anefac, foi a 19ª elevação seguida.
Em relação a pessoas físicas, a rolagem do débito pelo cartão de crédito continua sendo o tipo de financiamento mais caro, alcançando 435,58% ao ano. A taxa mensal subiu 9,37% (em março) para 15,01% (em abril).
A segunda modalidade mais onerosa para o consumidor é o cheque especial que aumentou de 7,72% ao mês (em março) para 11,46% (em abril), atingindo 267,64% ao ano. No comércio, o índice aumentou de 4% para 5,82%, o que ao ano representa 97,16%.
Se a opção for recorrer ao empréstimo pessoal em financeiras, o consumidor irá pagar 8,41% ao mês de correção sobre o valor tomado ante uma taxa de 6,88%, em março. Essa variação equivale a uma taxa anual de 163,53%. Já o empréstimo nos bancos passou de 2,91% para 4,64% com taxa ao ano de 72,33%.
O acesso com o menor custo é ao Crédito Direito ao Consumidor (CDC), mas que, igualmente, ficou mais caro ao subir de 1,52% para 2,35%, o que resulta em 32,15% ao ano.
A Anefac observa que o Banco Central corrigiu a taxa básica de juros (Selic), que praticamente dobrou no período de março de 2013 a abril de 2016, subindo de 7,25% ao ano para 14,25%. No mesmo período, a taxa de juros média para pessoa física aumentou 70,99% (de 87,97% para 150,42%).
Crédito para as empresas
Em maio, as empresas estão pagando em média 1,78% a mais para recorrer ao crédito em relação a março. Na média, a taxa atingiu 4,58% ao mês e 71,15% ao ano. Os recursos para capital de giro subiram de 1,49% para 2,68% ao mês. Para as operações de desconto de duplicatas, a alta foi de 2,22% para 3,1% e conta garantida, de 5,46% para 7,95%.
Fonte: Agência Brasil