Índice, cobrado de quem nem consegue fazer o pagamento mínimo, subiu 6,8 pontos percentuaus entre maio e junho, segundo o Banco Central
A taxa de juros do cartão de crédito cobrada pelos bancos dos consumidores que atrasam o pagamento mínimo da fatura subiu 6,8 pontos, passando para 460,7% ao ano, em junho. Os dados foram divulgados na quinta 27 pelo Banco Central (BC).
Para quem paga o valor mínimo da fatura, a taxa caiu a 230,4% ao ano no mês passado. Com isso, a taxa média da modalidade de crédito ficou em 378,3% ao ano, alta de 0,4 ponto percentual em relação a maio.
O rotativo é o crédito tomado pelo consumidor quando paga menos que o valor integral da fatura do cartão, mas acima do valor mínimo.
Desde abril, os consumidores que não conseguem pagar integralmente a fatura do cartão só podem ficar no crédito rotativo por 30 dias. A nova regra, fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) em janeiro, obrigou as instituições financeiras a transferirem para o crédito parcelado, que tem taxas menores.
A taxa do crédito parcelado caiu 1,8 ponto percentual para 157,8% ao ano, em junho.
Cheque especial
A taxa de juros do cheque especial ficou em 322,6 % ao ano, em junho, com redução de 2,5 pontos percentuais em relação a maio.
A taxa média de juros para as famílias caiu 1,2 ponto percentual e ficou em 63,3% ao ano em junho. No caso das empresas, a taxa caiu 1,3 ponto percentual e foi para 24,8% ao ano.
A inadimplência do crédito, considerados atrasos acima de 90 dias, para pessoas físicas, ficou em 5,8%, com redução de 0,1 ponto percentual em relação a maio. No caso das pessoas jurídicas, a taxa chegou a 5,3%, com queda de 0,7 ponto percentual. Esses dados são do crédito livre. em que os bancos têm autonomia para aplicar dinheiro o captado no mercado.
No caso do crédito direcionado (empréstimos com regras definidas pelo governo, destinados, basicamente, aos setores habitacional, rural e de infraestrutura) a taxa de juros para as pessoas físicas caiu 0,5 ponto percentual, passando para 9,2% ao ano. A taxa cobrada das empresas subiu 0,4 ponto percentual para 11,7% ao ano. A inadimplência das famílias caiu 0,3 ponto percentual para 1,9 % e das empresas, ficou foi reduzida em 0,2 ponto percentual, chegando a 2%, em junho.
O saldo de todas as operações de crédito concedido pelos bancos ficou em R$ 3,078 trilhões, com alta de 0,4%, no mês. Em 12 meses, houve retração de 1,6%. Em relação a tudo o que o país produz – Produto Interno Bruto (PIB) , o volume correspondeu a 48,5%, com redução de 0,1 ponto percentual em relação a maio.
Fonte: Seeb SP