Os juros do cheque especial continuaram subindo e atingiram em outubro a marca de 187,8% ao ano, segundo dados do Banco Central. Com isso, a taxa permaneceu no maior valor desde abril de 1999, quando estava em 193,6% ao ano. Em setembro, ela estava em 183,3% ao ano.
“É uma modalidade de custo elevado. Deve ser usada com bastante parcimônia e em momentos muito específicos”, avaliou o chefe do Departamento Econômico do Banco Central, Tulio Maciel.
Em outubro, a taxa média de juros ao consumo voltou a aumentar e alcançou 44% ao ano – a maior da série histórica do Banco Central, que tem início em março de 2011. Em relação ao mês anterior, os juros subiram 1,2 ponto percentual.
A elevação dos juros cobrados dos consumidores reflete a alta da taxa Selic, que subiu em outubro de 11% para 11,25% ao ano.
Além de repassar o aumento da Selic, os bancos também elevaram o chamado “spread bancário”, que é a diferença entre o que os bancos pagam pelos recursos e quanto cobram de seus clientes. O spread nas operações com pessoas físicas subiu de 31,2 pontos em setembro para 32,1 pontos percentuais em outubro. É o maior patamar da série histórica, iniciado em março de 2011.
A inadimplência do consumidor caiu de 6,6% para 6,4% no mês passado. O estoque total de crédito do sistema financeiro alcançou R$ 2,9 trilhões em outubro, com expansão de 0,8% no mês e 12,2% em 12 meses. Em setembro, as altas foram menores de, respectivamente, 1,3% e 11,7%.
Fonte: Metro